Emenda Constitucional dá a CDs, DVDs e arquivos digitais com músicas de autores ]
brasileiros o mesmo tratamento que já têm livros, revistas e jornais.
brasileiros o mesmo tratamento que já têm livros, revistas e jornais.
Publicação: : 20/12/2013 22:50
Em 2013, o Congresso Nacional mudou a Constituição para reduzir a tributação de CDs, DVDs produzidos no Brasil com obras de músicos brasileiros. O objetivo foi reduzir o preço desses produtos e desestimular a pirataria.
A Emenda Constitucional 75 foi promulgada por deputados e senadores em outubro, e deu a CDs, DVDs e arquivos digitais com músicas de autores brasileiros imunidade tributária em relação a impostos federais, estaduais e municipais, como Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ICMS e ISS. No entanto, continuam a ser cobradas as contribuições sociais, como Cofins e CSLL.
Com a imunidade tributária, a música nacional passou a ter o mesmo tratamento constitucional dado aos livros, revistas, periódicos e papel-jornal. A carga tributária sobre a indústria fonográfica alcançava 30% do preço cobrado do consumidor, fazendo com que a música estrangeira acabasse pagando menos impostos, na origem, em comparação às obras nacionais.
A imunidade tributária para a música nacional teve origem em uma proposta de emenda à Constituição (PEC 98/07) apresentada pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) e ficou conhecida como a PEC da Música.
Meio digital
O parlamentar considera uma "grande vitória" ter incluído a música brasileira na Constituição Federal. "Isso não é pouca coisa. É muito importante para impedir que a música brasileira produzida no Brasil possa sofrer qualquer tributação. O objetivo é que os preços dos CDs e DVDs possam ser vendidos mais baratos, não apenas no meio físico, mas também no meio digital: na telefonia, quando se faz um download de um ringtone, isso tudo tem um imposto que incide. Com essa medida, estamos trazendo um benefício concreto para a música brasileira."
Pressão dos artistas
Ao longo da análise da proposta, vários artistas, como os cantores Fagner, Ivan Lins, Marisa Monte, Francis Hime e Lenine estiveram no Congresso para pressionar pela aprovação da matéria, que enfrentou resistência por parte da bancada do Amazonas, onde está localizada a Zona Franca de Manaus. Lá, 90% dos CDs e DVDs são fabricados com isenção fiscal.
Com a emenda, essa a isenção passou a ser aplicada em todas as regiões do País, fazendo com que deixe de ser tão vantajosa a produção na Zona Franca de Manaus. Por esse motivo, deputados e senadores amazonenses argumentam que a mudança na Constituição vai gerar desemprego no estado.
Pirataria
Além disso, segundo deputado Henrique Oliveira (SDD-AM), a imunidade tributária sobre CDs e DVDs com músicas de artistas brasileiros não vai impedir a pirataria, nem reduzir o preço ao consumidor final. "Na verdade, essa PEC é uma medida ineficaz ao combate da pirataria, uma vez que o principal afetado não é a concorrência. A redução no valor da produção dos CDs e DVDs nacionais não vai alterar de forma significativa o valor para o consumidor, enquanto os produtos piratas continuam sendo vendidos nas esquinas por R$ 2, R$ 3, às vezes, três por R$ 5.”
Henrique Oliveira acrescentou que seu posicionamento e o do governo do estado do Amazonas é o favorável aos empregos que são gerados. “São 3 mil empregos diretos no Amazonas e mais de 10 mil no Brasil."
Na opinião de Henrique Oliveira, para beneficiar realmente os artistas brasileiros, o governo deveria investir mais na fiscalização para impedir a venda de produtos piratas no mercado nacional.
A Emenda Constitucional 75 foi promulgada por deputados e senadores em outubro, e deu a CDs, DVDs e arquivos digitais com músicas de autores brasileiros imunidade tributária em relação a impostos federais, estaduais e municipais, como Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), ICMS e ISS. No entanto, continuam a ser cobradas as contribuições sociais, como Cofins e CSLL.
Com a imunidade tributária, a música nacional passou a ter o mesmo tratamento constitucional dado aos livros, revistas, periódicos e papel-jornal. A carga tributária sobre a indústria fonográfica alcançava 30% do preço cobrado do consumidor, fazendo com que a música estrangeira acabasse pagando menos impostos, na origem, em comparação às obras nacionais.
A imunidade tributária para a música nacional teve origem em uma proposta de emenda à Constituição (PEC 98/07) apresentada pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) e ficou conhecida como a PEC da Música.
Meio digital
O parlamentar considera uma "grande vitória" ter incluído a música brasileira na Constituição Federal. "Isso não é pouca coisa. É muito importante para impedir que a música brasileira produzida no Brasil possa sofrer qualquer tributação. O objetivo é que os preços dos CDs e DVDs possam ser vendidos mais baratos, não apenas no meio físico, mas também no meio digital: na telefonia, quando se faz um download de um ringtone, isso tudo tem um imposto que incide. Com essa medida, estamos trazendo um benefício concreto para a música brasileira."
Pressão dos artistas
Ao longo da análise da proposta, vários artistas, como os cantores Fagner, Ivan Lins, Marisa Monte, Francis Hime e Lenine estiveram no Congresso para pressionar pela aprovação da matéria, que enfrentou resistência por parte da bancada do Amazonas, onde está localizada a Zona Franca de Manaus. Lá, 90% dos CDs e DVDs são fabricados com isenção fiscal.
Com a emenda, essa a isenção passou a ser aplicada em todas as regiões do País, fazendo com que deixe de ser tão vantajosa a produção na Zona Franca de Manaus. Por esse motivo, deputados e senadores amazonenses argumentam que a mudança na Constituição vai gerar desemprego no estado.
Pirataria
Além disso, segundo deputado Henrique Oliveira (SDD-AM), a imunidade tributária sobre CDs e DVDs com músicas de artistas brasileiros não vai impedir a pirataria, nem reduzir o preço ao consumidor final. "Na verdade, essa PEC é uma medida ineficaz ao combate da pirataria, uma vez que o principal afetado não é a concorrência. A redução no valor da produção dos CDs e DVDs nacionais não vai alterar de forma significativa o valor para o consumidor, enquanto os produtos piratas continuam sendo vendidos nas esquinas por R$ 2, R$ 3, às vezes, três por R$ 5.”
Henrique Oliveira acrescentou que seu posicionamento e o do governo do estado do Amazonas é o favorável aos empregos que são gerados. “São 3 mil empregos diretos no Amazonas e mais de 10 mil no Brasil."
Na opinião de Henrique Oliveira, para beneficiar realmente os artistas brasileiros, o governo deveria investir mais na fiscalização para impedir a venda de produtos piratas no mercado nacional.
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