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domingo, 29 de setembro de 2013

ENEM Boa redação exige aplicação e treino

Ainda há tempo de se preparar para o teste. Especialistas fazem diversas recomendações e sugestões para evitar que o estudante perca o foco durante a prova

Publicado em 29/09/2013, às 05h54

Margarida Azevedo

mazevedo@jc.com.br

Dificuldade de Camila era o início do texto / Igo Bione/JC Imagem

Dificuldade de Camila era o início do texto

Igo Bione/JC Imagem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que equivale à primeira etapa dos vestibulares das Universidades Federal e Estadual de Pernambuco (UFPE e UPE), está marcado para os dias 26 e 27 de outubro. Uma das provas é a redação. Embora haja pouco tempo até lá - falta menos de um mês - ainda dá para se preparar para o teste que vale pontos preciosos na nota final.
A primeira dica é escrever pelo menos uma redação a cada dois dias. Considerando que o estudante comece hoje e que há 26 dias até a véspera do exame, se levar a proposta a sério ele terá redigido 13 textos. “Mostre a redação para outras pessoas, se possível um professor. Peça a opinião delas. O ideal é alguém com visão crítica, que opine com sinceridade. Tem que reescrever quantas vezes forem necesssárias”, observa o professor Noé Amós Guieiro. “Leia o texto em voz alta. Ajuda a entender o que escreveu. E use linguagem simples”, complementa.
Noé é o “pai” de Laura S, garota fictícia que não gosta de escrever e é personagem do livro A menina que odiava redação, lançado recentemente. Professor da rede estadual de São Paulo, ele ensina um esquema para compor a redação a partir de imagens. “O abstrato da palavra dá lugar à imagem. Isso estimula o estudante a gostar de escrever”, explica o professor, que também criou um aplicativo gratuito disponível na internet (http://ameninaqueodiavaredacao.blogspot.com.br/).
Ele propõe que o texto seja pensado como uma casa, no qual os cômodos são os parágrafos. Os móveis e os objetos, as informações. “Antes de escrever, é importante que haja um planejamento. Faça um quadrado com cinco retângulos. Em cada um coloque uma palavra-chave. O primeiro é a introdução e o último, a conclusão. Os três do meio são os parágrafos argumentativos”, observa Noé. “O risco de dar branco e de perder o foco no assunto é menor quando se planeja antes”, afirma.
Outra sugestão é que, durante os “treinos”, o vestibulando cronometre o tempo que vai gastar escrevendo. Além da redação, no segundo dia do Enem ele terá que responder 45 questões de matemática e 45 de linguagem (português, literatura, artes e língua estrangeira). Serão cinco horas e meia de avaliação. Como tradicionalmente os testes trazem quesitos extensos, a recomendação é que o estudante não gaste mais de uma hora fazendo a redação.
Como a personagem do livro de Noé, Camila Meyer, 17 anos, fera de direito, não gostava de redação. “Tive que aprender por causa do vestibular. Minha maior dificuldade era escrever o início do texto. Ainda dá um frio na barriga só em pensar na redação, mas me preparei e espero fazer uma boa prova”, diz a aluna do Colégio Motivo.
O professor Mário Sérgio, do Motivo, lembra que no Enem o candidato tem que apontar uma solução para o problema apresentado na redação. “O Enem pede que o candidato indique uma proposta de intervenção”, destaca. Para ajudar os feras nos argumentos, ele sugere a leitura de revistas de opinião. Uma delas é a Le Monde Diplomatique (www.diplomatique.org.br). No site, as edições anteriores do mês são disponibilizadas gratuitamente.
Um capítulo do livro A menina que odiava redação pode ser visto 

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