Cinquentinhas são um problema urgente
Larissa Rodrigues - Diario de Pernambuco
Publicação: 28/05/2015 19:26
Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press |
Sem carteira de habilitação, sem capacete e alcoolizado. Esse é o perfil médio do motociclista que se acidenta em Pernambuco. O Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto mapeou os condutores envolvidos em colisões entre janeiro e maio deste ano. Até o último dia 15, a entidade entrevistou 239 pacientes das três maiores emergências do estado, os hospitais da Restauração, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas.
O resultado é preocupante: 72% não tinham CNH, 35% estavam sem capacete e 25% tinham bebido. Os números mostram que o problema é o “motociclista de lazer”. Só 33,5% dos acidentados trabalhavam ou seguiam para o serviço. As consequências: 11% dos internados foram amputados ou ficaram paraplégicos.
A Secretaria de Saúde (SES) considera os dados como uma epidemia. De acordo com a pasta, entre janeiro e março deste ano, já foram internados o HR mil pacientes de acidentes com moto. Um deles foi parar na unidade na noite de ontem. Jefferson Duque, 23, se envolveu em um atropelamento na Agamenon Magalhães, e foi para a emergência. Marineide José Mariano, 48, pedestre, foi atropelada pela moto e depois por mais dois veículos, e morreu.
Educador
Há 11 anos, Alexandre Pereira voltava de uma festa por volta das 3h. Antes de chegar em casa, cochilou. “Foi o suficiente para perder o controle da moto e ter uma lesão medular que me deixou paraplégico”. Sempre bebia e guiava. Hoje, ele trabalha na SES e participa de palestras em escolas públicas.
Coordenador-executivo do Comitê de Prevenção, o médico João Veiga acha que falta fiscalização. “Só campanhas educativas têm impacto zero”, alertou. Para Veiga, uma medida primordial é o emplacamento das cinquentinhas. Uma regulamentação sancionada em 2013 no Recife ainda não colocada em prática. O estado tem 1,1 milhão de motos, sendo 200 mil de cinquenta cilindradas. Segundo Veiga, a principal preocupação é com adolescentes, já que 75% dos internados na pediatria do HR são menores que pilotavam uma 50 CC.
A Secretaria de Mobilidade informa que trabalha com outros órgãos, mas não estabelece prazo para tirar a lei do papel.
O resultado é preocupante: 72% não tinham CNH, 35% estavam sem capacete e 25% tinham bebido. Os números mostram que o problema é o “motociclista de lazer”. Só 33,5% dos acidentados trabalhavam ou seguiam para o serviço. As consequências: 11% dos internados foram amputados ou ficaram paraplégicos.
A Secretaria de Saúde (SES) considera os dados como uma epidemia. De acordo com a pasta, entre janeiro e março deste ano, já foram internados o HR mil pacientes de acidentes com moto. Um deles foi parar na unidade na noite de ontem. Jefferson Duque, 23, se envolveu em um atropelamento na Agamenon Magalhães, e foi para a emergência. Marineide José Mariano, 48, pedestre, foi atropelada pela moto e depois por mais dois veículos, e morreu.
Educador
Há 11 anos, Alexandre Pereira voltava de uma festa por volta das 3h. Antes de chegar em casa, cochilou. “Foi o suficiente para perder o controle da moto e ter uma lesão medular que me deixou paraplégico”. Sempre bebia e guiava. Hoje, ele trabalha na SES e participa de palestras em escolas públicas.
Coordenador-executivo do Comitê de Prevenção, o médico João Veiga acha que falta fiscalização. “Só campanhas educativas têm impacto zero”, alertou. Para Veiga, uma medida primordial é o emplacamento das cinquentinhas. Uma regulamentação sancionada em 2013 no Recife ainda não colocada em prática. O estado tem 1,1 milhão de motos, sendo 200 mil de cinquenta cilindradas. Segundo Veiga, a principal preocupação é com adolescentes, já que 75% dos internados na pediatria do HR são menores que pilotavam uma 50 CC.
A Secretaria de Mobilidade informa que trabalha com outros órgãos, mas não estabelece prazo para tirar a lei do papel.
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