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quinta-feira, 28 de maio de 2015

REFORMA POLÍTICA Câmara rejeita fim das coligações em eleições proporcionais

A mudança foi rejeitada por 236 deputados e teve 206 votos favoráveis. A discussão fez parte da 


reforma política que está sendo votada na Casa desde terça-feira

Publicado em 28/05/2015, às 22h05

Folhapress

Em acordo com Cunha, partidos pequenos e médios, que se prejudicariam com mudança, votaram em favor do financiamento privado em troca da manutenção das coligações / Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado


Em acordo com Cunha, partidos pequenos e médios,



 que se prejudicariam com mudança, votaram em favor do


 financiamento privado em troca da manutenção 



das coligações



Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado

A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quinta-feira (28) o fim das coligações nas eleições proporcionais (deputados e vereadores), mudança que prejudicaria os partidos pequenos e médios.

Por isso, essas legendas fizeram um acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para votarem favoráveis ao financiamento privado de partidos e, em troca, ele articularia a manutenção das coligações.

A mudança foi rejeitada por 236 deputados e teve 206 votos favoráveis. A discussão fez parte da reforma política que está sendo votada na Casa desde terça-feira (26).

No atual sistema, partidos se coligam para disputar eleições e, no caso das proporcionais, parlamentares menos votados podem se beneficiar dos campeões de votos da coligação.

Deputados que votaram pela derrubada das coligações argumentaram que elas ocorrem à revelia das convicções partidárias. "Só para negociar tempo eleitoral", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), argumentou que o fim das coligações poderia diminuir o número de partidos e aumentar distorções do sistema proporcional, em que candidatos são eleitos com poucos votos.

A Câmara vota ainda nesta quinta cláusula de desempenho, voto obrigatório e dia da posse do Presidente da República. A votação do aumento do tempo de mandato de quatro para cinco anos e da coincidência das eleições foi adiada, por não haver acordo.

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