Com adesão de 100%, os coletivos não saíram das garagens
Publicado em 29/05/2015, às 08h30
Do JC Online
Passageiros lotam o TI Joana Bezerra na espera por ônibus
Foto: Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem
A sexta-feira (29) promete ser uma dor de cabeça para quem depende das linhas de ônibus das empresas do Recife e Região Metropolitina. Nesta manhã, os coletivos não saíram das garagens e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, o retorno das atividades só deve acontecer às 23h30, quando saem os bacuraus. A paralisação faz parte do Dia Nacional de Paralisação e Manifestações, convocada por centrais sindicais em todo o País em protesto contra as Medias Provisórias 664 e 662 (que alteram o acesso a direitos trabalhistas) e o Projeto de Lei 4330 (que regulamenta os contratos de trabalhadores terceirizados). O Grande Recife Consórcio de Transporte informou que não foi formalmente avisado sobre a paralisação.
Segundo Genildo Pereira, do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, a adesão da categoria é de 100% desde as 4h30. Como consequência, os passageiros do transporte público ficam sem opções. O segurança Luiz Carlos Linz, 51 anos, está no Terminal Integrado de Joana Bezerra desde as 6h10, mas ainda não viu nenhum coletivo. " Eu concordo com a paralisação, eles tão lutando por uma causa justa, mas não nesse horário. Bem melhor que fosse como os metroviários, que estão circulando nos horários de pico", diz. A falta de coletivos também é sentida nos terminais da Macaxeira e Tancredo Neves, no Recife, além do PE-15 e Xambá, em Olinda. Com a falta de ônibus, muitas pessoas saem a pé do TI Joana Bezerra em direção à Avenida Agamenon Magalhães.
Na Avenida Conde da Boa Vista, Centro, uma das principais vias da cidade, em uma hora, apenas um ônibus da empresa Transcol foi visto circulando. O mesmo acontece nas avenidas Agamenon Magalhães, Mascarenhas de Moraes, Rui Barbosa e Conselheiro Aguiar, por exemplo. No entanto, veículos alternativos, entre eles ônibus de turismo e mototáxis, se aproveitam e oferecem transporte aos passageiros, que lotam as paradas. "Não concordo com o movimento, mas estou aproveitando para lucrar com esta situação", falou Clébson Araújo, 33 anos, que é vigilante, mas hoje está trabalha como mototaxista e, entre as 5h e 7h40, atendeu nove clientes faturando cerca de R$ 100.
Durante a tarde, a categoria participa do protesto convocado pelas Centrais Sindicais do Estado, marcado para às 14h, em frente à Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, bairro de Santo Amaro, área central do Recife.
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