DESEMPENHO Resultado foi 94,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Publicado em 30/05/2015, às 08h00
O lucro da Chesf foi puxado pelo aumento da
receita na transmissão e porque as
aplicações renderam mais
JC Imagem
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) apresentou um lucro de R$ 386,4 milhões no primeiro trimestre de 2015, sendo 94,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 198,9 milhões. Puxaram a performance da estatal o aumento da receita operacional na área de transmissão e o resultado financeiro.
“A receita operacional cresceu em R$ 123,4 milhões, devido às vendas de energia no mercado de curto prazo e ao incremento da receita na operação e manutenção das linhas de transmissão”, explica o gerente do departamento de Contabilidade da Chesf, Fernando Antonio Cavalcanti. Esse aumento também está relacionado aos novos empreendimentos de transmissão que entraram em operação depois de abril do ano passado.
O resultado financeiro da estatal foi R$ 129,7 milhões superior ao alcançado no primeiro trimestre de 2014, por um motivo muito simples: a alta da inflação fez algumas aplicações da empresa renderem mais. Desde 2013, a estatal está vendendo a energia gerada por suas hidrelétricas mais barata, para cumprir a lei 12.783 do governo federal que pretendia baixar a conta de luz para os consumidores finais em 16%, o que não ocorreu.
Diminuíram os investimentos da estatal no primeiro trimestre deste ano, quando foram empregados R$ 371,6 milhões, contra os R$ 616,1 milhões investidos no primeiro trimestre de 2014.
Diminuíram os investimentos da estatal no primeiro trimestre deste ano, quando foram empregados R$ 371,6 milhões, contra os R$ 616,1 milhões investidos no primeiro trimestre de 2014.
GREVE
Os funcionários da Chesf decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira. Os servidores da área operacional vão trabalhar normalmente, segundo o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco, José Gomes Barbosa. Os trabalhadores reivindicam o pagamento da Participação no Lucro e Resultado (PLR) na proporção de 1,52 salário por funcionário. “A categoria não aceitou a argumentação de que a receita na geração da energia caiu em 2014 porque isso ocorreu em função de uma política do governo federal”, diz Barbosa.
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