Em 90 dias, comissão nomeada deve cuidar do processo de caducidade da parceria e propor a
nova modelagem jurídica de administração e operação do complexo prisional
Publicado em 24/07/2015, às 02h00
Paulo Câmara e Ayrton Maciel
Governador Paulo Câmara disse que Estado tem dificuldade
de recursos, mas que Itaquiitinga é uma prioridade
para desafogar o sistema prisional, por isso
vai priorizar uma forma de atender a sua estatização
Arquivo JC Imagem
O governador Paulo Câmara (PSB) confirmou, nesta quinta-feira (23), que o Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga – obra parada desde 2012 – vai deixar de ser uma Parceria Público-Privada, passando para o controle administrativo e operacional do Estado. Em 90 dias, deverá estar concluído o processo de caducidade do contrato de PPP, que será preparado por comissão nomeada pelo Executivo, e que respaldará a extinção do contrato e apresentará a nova modelagem jurídica para a penitenciária.
Paulo afirmou que a superlotação do sistema prisional “é um fato” que precisa resolver e que Itaquitinga é uma das soluções para a crise atual. “Vamos esperar o processo de caducidade. Nosso entendimento é que temos condições de finalizar aquela obra, que está em estágio bastante avançado. Estamos com muita dificuldade de recursos, mas a questão prisional virou prioridade, e o que é prioritário a gente tem que ver a forma de atender”, revelou o governador, após participar do ato de posse do novo presidente do TRE, Antônio Carlos Alves da Silva.
A decisão de estatizar Itaquitinga reforçou a proposta da oposição de convocar uma audiência pública sobre a PPP, em agosto, no retorno do recesso parlamentar. A decisão agora é convidar para a audiência o secretário de Justiça, Pedro Eurico, que anunciou a estatização por meio da decretação da caducidade e extinção do contrato.
“Ele precisa dar detalhes do processo. Por que não nos acompanhar à obra ou fazermos a audiência na cidade de Itaquitinga?”, sugeriu o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PTB). “Aceito ir à audiência na Assembleia. Não irei a um comício ou a uma tribuna popular. Não sou mais deputado”, rejeitou Eurico. “O secretário deveria estimular o governador a deixar que a gente faça a CPI de Itaquitinga, permitindo que os deputados da base assinem a proposta”, provocou Romário Dias (PTB) que tenta a CPI desde o primeiro semestre.
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