Pedidos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, o ex-presidente José
Sarney e o senador Romero Jucá, estão com o ministro Teori Zavascki,
do STF, há mais de uma semana; os caciques do PMDB foram gravados
por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Lava
Jato, e Janot os acusa de tramar contra a Lava Jato; Jucá tratou a
saída da presidente Dilma Rousseff como uma forma de “estancar a
sangria” da operação e perdeu o cargo; Renan defendeu mudanças na
lei de delações premiadas, o que já era uma posição pública defendida
por ele; Sarney, por sua vez, falava em buscar uma ponte com o
ministro Teori Zavascki; em sua defesa, Sarney classificou Machado
como "monstro moral"
247 – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo
Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
do ex-presidente José Sarney e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), todos do
PMDB, por supostamente tentarem barrar a operação Lava Jato.
Os pedidos estão com o ministro Teori Zavascki, do STF, há mais de uma
semana, segundo reportagem de Globo desta terça-feira.
Janot também solicitou o afastamento de Renan da presidência do Senado,
usando os mesmos argumentos empregados na destituição de Eduardo Cunha
(PMDB) da presidência da Câmara e do mandato de deputado.
A PGR se baseou nas conversas gravadas por Sérgio Machado, ex-presidente da
Transpetro e delator da Lava Jato, em que os caciques do PMDB fazem
comentários sobre a Lava Jato. Jucá, por exemplou, tratou da saída da
presidente Dilma Rousseff como formar de “estancar a sangria” da operação.
Renan, por sua vez, defendeu mudanças na lei das delações premidas – o que
já era sua posição pública. Segundo ele, uma simples opinião não pode ser
criminalizada. Sarney sugeria caminhos para construir pontes entre Sergio
Machado e o ministro Teori Zavascki, que passariam pelo ex-ministro do STJ
César Asfor Rocha.
Para os procuradores, os áudios são muito mais graves do que as provas que
levaram o ex-deputado Delcidio do Amaral à prisão, em novembro.
Em acordo de delação premiada Machado disse que distribuiu R$ 70 milhões em
propina para políticos do PMDB durante os 12 anos que esteve na Transpetro.
Os políticos alegam que não receberam recursos de Machado.
Comenta-se que Machado e seus familiares devolverão mais de R$ 1 bilhão em
seus acordos de delação premiada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário