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domingo, 27 de outubro de 2013

MEMÓRIA POLÍTICA Em 1998, a maior presença do Estado na sucessão presidencial

Na reeleição de FHC, três pernambucanos participaram de chapas presidenciais. Maciel foi reeleito vice

Publicado em 26/10/2013, às 18h00

Superado o conturbado governo Collor, a renúncia e impeachment, e a normalizadora gestão Itamar Franco, a eleição presidencial em 1994 foi vencida no primeiro turno. O ex-ministro da Fazenda de Itamar, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tendo o pernambucano Marco Maciel como vice, causou a segunda derrota de Lula.
Em 1998, a mesma chapa FHC-Maciel é reeleita, provocando a terceira derrota de Lula. A eleição de 98 registrou a maior presença de pernambucanos numa disputa presidencial no período pós-redemocratização. Além de Maciel, o atual deputado federal por São Paulo, Roberto Freire (PPS, então PCB), foi o vice de Ciro Gomes (PPS-CE), que ficou em terceiro, e o engenheiro Alexandre Santos (PSN) foi o vice de Vasco Neto (PSN), o último (12º) entre os candidatos. 

INFOGRÁFICO

Pós-ditadura
Quatro anos depois, em 2002, uma articulação do PSDB, que teve José Serra com candidato, convidou o então governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB) para a chapa como vice. Acabou gerando uma crise na União por Pernambuco, base de apoio do peemedebista.
A saída de Jarbas reforçaria o nome do vice Mendonça Filho (PFL, hoje DEM), que seria o natural candidato a sucessão no Estado. Integrante da aliança, o senador Sérgio Guerra (PSDB), de olho no governo estadual, não abriu da postulação. Para evitar o racha, Jarbas desistiu da vice de Serra, candidatou-se à reeleição e foi reeleito.
Em sua quarta disputa, Lula derrotou Serra, no segundo turno, e elegeu-se o primeiro operário presidente do Brasil.
Em 2006, três pernambucanos participam de chapas presidenciais, dois na condição de candidatos a presidente. O deputado federal José Jorge Vasconcelos (PFL, agora DEM) é o vice do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), que é derrotado por Lula, reeleito também no segundo turno. Mais dois pernambucanos disputaram a Presidência da República. Radicado em Brasília, o professor Cristovam Buarque (PDT) termina o pleito em quarto lugar com 2,5 milhões de votos, e o ex-deputado federal Luciano Bivar concorreu pelo PSL e obteve apenas 62 mil votos.
Quatro anos depois, em 2010, a sexta eleição presidencial pós-64 ocorreria sem a presença de nenhum pernambucano nas chapas. Apadrinhada por Lula, Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher presidente do Brasil, causando a segunda derrota de José Serra, que tinha adotado na campanha o lema “O Brasil pode mais”.
Pernambucanos como candidatos a presidente ou vice estão registrados desde o começo da República. A primeira eleição presidencial, após a queda da Monarquia, em 1889, ocorreu dois anos depois, 1891. O marechal alagoano Deodoro da Fonseca, que proclamou a República, foi eleito indiretamente pelo Congresso.
Em 1894,pernambucanos já estavam na disputa: o abolicionista José Mariano Carneiro da Cunha e o jornalista Joaquim Saldanha Marinha. A partir daquele ano, de quatro em quatro anos, nos períodos democráticos e nas eleições indiretas, militares e políticos pernambucanos marcaram presença na história das eleições presidenciais do Brasil. Rosa e Silva foi o vice de Campos Salles (1898-1902) e Estácio Coimbra ocupou a vice de Artur Bernardes (1922-1926).

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