Doidinho para substituir o seu correligionário Aécio Neves (PSDB-MG) na sucessão presidencial do próximo ano, o ex-governador José Serra já vê a possibilidade de uma outra troca no cenário atual: a saída da presidente Dilma Rousseff para o ingresso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidenciável (pelo menos para uma fatia do tucanato paulista) entende que o movimento pode ocorrer se atual chefe do Executivo nacional dê sinais de que pode perder o pleito. A observação foi realizada durante palestra que o tucano realizou na Bahia, no fim de semana.
“Se o partido perceber que existe risco maior com a Dilma, não tenha dúvida que eles vão recorrer ao Lula, mesmo que ele não queira e a Dilma não queira”, atestou José Serra, que perdeu a eleição presidencial de 2002 para o ex-presidente. Em 2010, ele amargou a segunda colocação contra a própria Dilma.
No entanto, Serra analisou que, mesmo que Dilma seja mantida como a candidata do PT, o partido deverá acionar o ex-presidente para que ele possa reforçar a postulação. ”Agora, ela sendo candidata, eles vão recorrer ao Lula como principal cabo eleitoral”, disse.
José Serra tenta se cacifar para voltar a disputar a Presidência da República pelo PSDB. Ele teve a oportunidade de ingressar no PPS com esse fim, entretanto, preferiu seguir no seu atual partido para pleitar o posto internamente. E, como a candidatura de Aécio Neves dá indícios de estagnação frente ao crescimento exibido pela presidente Dilma e a mudança do cenário com o ingresso da ex-ministra Marina Silva no PSB, o tucano voltou a ser ventilado como possível opção do PSDB.
Nas últimas pesquisas sobre a corrida eleitoral, José Serra aparece sempre com percentuais superiores aos exibidos por Aécio Neves. Algo que, curiosamente, ocorre com os demais postulantes e seus respectivos prováveis substitutos. Lula teria votação maior do que Dilma e Marina, mais que Eduardo Campos. Mas, até o momento, nenhuma mudança ocorreria.
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