Publicado em 25/06/2013, às 16h45
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Atualizado às 17h32
Os médicos pernambucanos que participaram da Assembleia Geral da categoria na tarde desta terça-feira (25) realizaram também uma caminhada na Avenida Agamenon Magalhães, uma das principais vias da capital pernambucana, como uma forma de protesto. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), cerca de 500 profissionais compuseram grupo.
Os médicos saíram do Memorial de Medicina, no bairro do Derby, onde estavam realizando a Assembleia, cruzaram a Agamenon Magalhães e seguiram pela via no sentido Olinda. Na altura do Hospital da Restauração, os médicos cruzaram novamente a avenida e voltaram para o bairro do Derby.
Os profissionais pernambucanos anunciaram uma paralisação das atividades para esta terça-feira (25), como uma retaliação ao anúncio feito pelo governo federal prevendo a entrada de milhares de médicos estrangeiros para atuar no País. Os profissionais que cruzaram os braços atuam em serviços de ambulatórios, Saúde da Família, em unidades municipais, estaduais e federais. Os atendimentos em urgências e emergências foram mantidos.
A assembleia desta terça já estava marcada para ocorrer com médicos da Prefeitura do Recife, mas foi estendida a toda a categoria no Estado. Na reunião, o Simepe elaborou cinco deliberações a serem seguidas pela categoria.
A primeira era seguir em caminhada para a Praça do Derby após o término da assembleia. A segunda decisão é que o sindicato se alinhará à paralisação nacional. O assunto será discutido nesta quarta-feira (26), em uma reunião com todos os presidentes de sindicatos médicos do Brasil e com representantes da Associação Brasileira de presidentes médicos. A princípio, os médicos pensam em uma paralisação para o dia 3 de julho.
A terceira medida é a realização de assembleias permanentes com a categoria, com o intuito de discutir e acompanhar o processo da importação de médicos estrangeiros. A quarta deliberação é a produção de duas cartas abertas. A primeira será endereçada à população e discorrerá sobre os riscos de importar médicos estrangeiros sem a realização do Revalida, um exame que testa a capacidade do profissional. O primeiro documento incluirá também propostas elaboradas pelas entidades de médicos pernambucanos. A segunda carta será entregue ao governo do Estado, prefeituras e Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).
A quinta e última deliberação decidida em assembleia é que a partir de agora os médicos devem repassar ao Simepe a situação das unidades de saúde onde trabalham através de imagens e vídeos, para que assim o Sindicato possa tomar as medidas cabíveis.
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