Longa-metragem Exilados do Vulcão, de Paula Gaitá, será exibido no Festival de Brasília
Publicação: 15/09/2013 11:56
Cena de Exilados do Vulcão. Foto: Festival de Brasília/ Divulgação |
“É sempre um prazer falar dele”, admite, ao telefone, a multiartista Paula Gaitán. O “ele” em questão — na conjuntura de vida da cineasta, fotógrafa e poeta — foi seminal: entre 1976 e 1981, Glauber Rocha viveu ao lado dela como marido e incentivador. A satisfação é completa, nesse sacudir de memórias que, por sinal, formatam a obra, em cinema, de Paula Gaitán.
“As pessoas falam do Glauber com muito carinho porque sabem que o afeto nosso se mantém muito vivo. Pra mim, não tenho resistência de falar dele, porque sempre foi uma pessoa muito importante na minha vida. Ele representa um pensamento vivo, rico e luminoso do cinema brasileiro. Glauber só traz alegria, para quem vê seus filmes ou lê seus livros”, analisa. A cineasta teve dois filhos com o diretor baiano. EmDiário de Sintra, feito há seis anos e assinado pela diretora, traz “uma reflexão, em voz alta” da intimidade do casal.
Diretora de arte de A idade da Terra (1980), fita glauberiana com tomadas em Brasília (locação em que o cineasta esparramou o intelecto pelas páginas do Correio Braziliense, onde trabalhou nos anos 1970), Paula Gaitán voltará à capital que alimentou a paixão por Glauber, na disputa por prêmios Candango, com a abertura, terça-feira, do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. “Exilados do vulcão, que será apresentado, é meu quinto longa. Como dirijo filmes há 25 anos, as pessoas sabem dividir muito bem minha vida com Glauber: já tenho um espaço próprio.”
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