Os alvos dos mandados de prisão são investigados por suposta associação criminosa, uso de
documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e
lavagem de dinheiro
Publicado em 16/03/2015, às 09h20
Da Folhapress
O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro
José Barusco Filho disse ter pago quinzenalmente R$ 50 mil provenientes de propina a Duque
Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP
A Polícia Federal voltou a prender na manhã desta segunda-feira (16) o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque. A prisão preventiva ocorre na 10ª etapa da Operação Lava Jato, que tenta cumprir ao todo 18 mandados, sendo dois deles de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 de busca e apreensão.
Além de Duque, já foram presos na manhã desta segunda (16) do empresário Adir Assad -investigado sob suspeita de manter empresas laranjas e usá-las para lavar dinheiro- e o filho de Mario Góes, que já está preso em Curitiba e é apontado como operador do esquema de corrupção na Petrobras.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, e atendem a ordens do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro.
Os alvos dos mandados de prisão são investigados por suposta associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro.
Todos os presos serão levados para Curitiba, onde já estão presos outros 15 investigados, entre eles executivos das maiores empreiteiras do país e o doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do caso.
A etapa anterior da Lava Jato, deflagrada em fevereiro, foi batizada de 'My Way', apelido dado a Duque. A nota etapa se chama 'Que País é Esse?', nome de uma música do Legião Urbana e que faz referência a uma conversa entre Duque e seu advogado no momento em que ele foi preso pela primeira vez.
Ao saber que seria levado à prisão em novembro do ano passado, Duque exclamou ao seu defensor: 'que país é esse?'.
Depois de passar 19 dias na prisão, ele foi solto pelo ministro Teori Zavascki em 3 de dezembro.
Em depoimento dado em acordo de delação premiada, o ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro José Barusco Filho disse ter pago quinzenalmente R$ 50 mil provenientes de propina a Duque.
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