De acordo com o prefeito de São Paulo, faixas reservadas para estacionamento são
piores porque fazem veículos pararem para fazer baliza
piores porque fazem veículos pararem para fazer baliza
Publicação: 21/03/2015 11:12
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse ontem que o trânsito “flui melhor” quando vagas de estacionamento são retiradas para dar lugar às ciclovias. “Quando não suprime faixa de rolamento, quando é faixa de estacionamento ou canteiro central, em geral o trânsito melhora”, afirmou, durante uma visita técnica na zona norte da capital paulista.
O juiz da 5.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Luiz Fernando Rodrigues Guerra, mandou a gestão petista paralisar as obras de ciclovias na cidade de São Paulo anteontem. Ele acatou o argumento da promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo Camila Mansour Magalhães da Silveira,de que faltam estudo prévio de impacto viário e projetos executivos para as obras.
Na mesma ação civil pública, o Ministério Público Estadual (MPE) pedia a paralisação das obras na Avenida Paulista e a reconstrução do canteiro central. Guerra considerou, no entanto, que essa obra está mais tecnicamente fundamentada e negou a iniciativa. A atual gestão instalou 199,8 quilômetros de ciclovias, bandeira de Fernando Haddad. A expectativa é chegar a 400 quilômetros até 2016.
Guerra deu prazo de 60 dias à Prefeitura para a apresentação da defesa dos projetos. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 10 mil.
Sobre os estudos de impacto exigidos na ação, Haddad disse existir um equívoco na interpretação da Promotoria, pois as ciclovias não causariam impacto no trânsito, por serem construídas em canteiros centrais e em vagas de estacionamento. “Vamos levar em consideração ao juiz: estudo de impacto do trânsito (como cobra o MP) é quando tem supressão de faixa de rolamento. É óbvio que, quando tem um estacionamento, a pessoa tem de fazer baliza e ficar em fila dupla, o que naturalmente atrapalha o trânsito.”
Segundo Haddad, 90% das ciclovias construídas até agora não retiram faixas de rolamento. O prefeito admitiu, porém, que há uma minoria de casos de vias exclusivas que afetam faixas de rolamento - e os casos são analisados pela Companhia de Engenharia do Tráfego (CET). Para esses, a Prefeitura já teria os estudos de impacto no trânsito exigidos.
Haddad ainda tentou minimizar a decisão da Justiça. “A promotora e os ciclistas tiveram um desentendimento. Vamos mediar esse conflito, não nos interessa esse antagonismo entre os ciclistas e a Promotoria.”
Questionado sobre a ação ser essencialmente contra a Prefeitura, por pôr em dúvida o planejamento das ciclovias e a realização de estudos de impacto de trânsito, Haddad respondeu que a administração representa o interesse dos cidadãos e protege os ciclistas na construção da malha de ciclovias.
Política e mídia
Indagado se o Ministério Público poderia ter motivação política ao apresentar a ação contra as ciclovias, um dos principais projetos de sua gestão, Haddad negou. “Jamais faria essa afirmação.”
O prefeito afirmou, porém, que a imprensa faz campanha contra as ciclovias. “Com toda campanha contra que vocês (jornalistas) fazem, 66% da população aprova as ciclovias”, disse, referindo-se ao resultado da última pesquisa do Instituto Datafolha sobre o tema.
O juiz da 5.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Luiz Fernando Rodrigues Guerra, mandou a gestão petista paralisar as obras de ciclovias na cidade de São Paulo anteontem. Ele acatou o argumento da promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo Camila Mansour Magalhães da Silveira,de que faltam estudo prévio de impacto viário e projetos executivos para as obras.
Na mesma ação civil pública, o Ministério Público Estadual (MPE) pedia a paralisação das obras na Avenida Paulista e a reconstrução do canteiro central. Guerra considerou, no entanto, que essa obra está mais tecnicamente fundamentada e negou a iniciativa. A atual gestão instalou 199,8 quilômetros de ciclovias, bandeira de Fernando Haddad. A expectativa é chegar a 400 quilômetros até 2016.
Guerra deu prazo de 60 dias à Prefeitura para a apresentação da defesa dos projetos. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 10 mil.
Sobre os estudos de impacto exigidos na ação, Haddad disse existir um equívoco na interpretação da Promotoria, pois as ciclovias não causariam impacto no trânsito, por serem construídas em canteiros centrais e em vagas de estacionamento. “Vamos levar em consideração ao juiz: estudo de impacto do trânsito (como cobra o MP) é quando tem supressão de faixa de rolamento. É óbvio que, quando tem um estacionamento, a pessoa tem de fazer baliza e ficar em fila dupla, o que naturalmente atrapalha o trânsito.”
Segundo Haddad, 90% das ciclovias construídas até agora não retiram faixas de rolamento. O prefeito admitiu, porém, que há uma minoria de casos de vias exclusivas que afetam faixas de rolamento - e os casos são analisados pela Companhia de Engenharia do Tráfego (CET). Para esses, a Prefeitura já teria os estudos de impacto no trânsito exigidos.
Haddad ainda tentou minimizar a decisão da Justiça. “A promotora e os ciclistas tiveram um desentendimento. Vamos mediar esse conflito, não nos interessa esse antagonismo entre os ciclistas e a Promotoria.”
Questionado sobre a ação ser essencialmente contra a Prefeitura, por pôr em dúvida o planejamento das ciclovias e a realização de estudos de impacto de trânsito, Haddad respondeu que a administração representa o interesse dos cidadãos e protege os ciclistas na construção da malha de ciclovias.
Política e mídia
Indagado se o Ministério Público poderia ter motivação política ao apresentar a ação contra as ciclovias, um dos principais projetos de sua gestão, Haddad negou. “Jamais faria essa afirmação.”
O prefeito afirmou, porém, que a imprensa faz campanha contra as ciclovias. “Com toda campanha contra que vocês (jornalistas) fazem, 66% da população aprova as ciclovias”, disse, referindo-se ao resultado da última pesquisa do Instituto Datafolha sobre o tema.
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