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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Taxistas realizam carreata no Recife para protestar contra o Uber

22/08/2016 08h27 - Atualizado em 22/08/2016 14h34

Os motoristas estão trafegando em direção ao aeroporto, na Zona Sul.
Eles exigem a punição para os veículos considerados 'clandestinos'.


Do G1 PE
Com narizes de palhaço e um caixão, simbolizaram a morte dos táxis no Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Com narizes de palhaço e caixão, taxistas pedem punição ao Uber (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Os taxistas que estavam concentrados, desde o iníco da manhã desta segunda-feira (22), na frente do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, saíram em carreata por volta das 8h. Eles seguiram para o Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, na mesma região. Lá,  realizam um ato públiuco contra os veículos que fazem transporte de passageiros utilizando aplicativos de celular para receber chamadas, como os do serviço prestado pelo Uber.
O tráfego na Imbiribeira ficou bastante complicado. Agentes da Companhia de Trânsito e Transportes do Recife (CTTU) e policiais militares acompanharam a manifestação. Passageiros que precisaram chegar ao terminal de embarque ficaram presos no tráfego e decidiram ir a pé para não perder o voo.
Por volta das 8h30, o ato já reunia pelo menos 150 veículos. Às 9h30, o número de veículos chegou a 300. Às 10h15, os manifestantes tomaram conta do Viaduto Tancredo Neves, um dos principais acessos ao aeroporto, principalmente de quem segue de Boa Viagem, na Zona Sul. Também bloquearam a faixa da Avenida Mascarenhas de Morais, no sentido Zona Sul Centro, oposto ao local do início da movimentação. 
Os organizadores do movimento informaram que o terminal de passageiros seria o destino final.  “Vamos parar o aeroporto. É para chamar a atenção de todo mundo para esse problema dos veículos irregulares”, afirmou  o taxista José Ricardo ferreira, um dos organizadores do ato.
De acordo com Ferreira, taxista que trabalha no Centro do Recife, o terminal foi escolhido como ponto final do movimento por ser um local de grande movimentação. “Já fomos ao Ministério Público, ao Governo do Estado e para Prefeitura do Recife, mas ninguém fez nada até agora. Queremos que a lei seja cumprida e que os veículos clandestinos sejam punidos”, declarou.
Taxistas fazem carreata no Recife em protesto contra o Uber (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Carreata tomou sentido Centro/Aeroporto da Mascarenhas (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Mobilização
Os taxistas usaram nariz de palhaço e levaram para a concentração do protesto um caixão para simbolizar a 'morte' da categoria, além de alguns cartazes. Nas mensagens, criticaram a postura dos governantes e pediram agilidade para resolver o problema do transporte 'clandestino'.
"Vocês abandonaram as famílias dos taxistas", dizia uma das faixas estendida pelos manifestantes. "Pedimos rigor no combate ao transporte clandestino", afirmava outra. Eles também circularam entre os veículos que paravam nos sinais para exibir os cartezes com as reivindicações.
"Estamos cobrando ao prefeito Geraldo Júlio que cumpra a lei que ele mesmo sancionou, exigindo a regularização dos aplicativos de transporte de passageiros", disse o taxista Wellington Lima. Segundo ele, os motoristas tiveram queda de 60% a 70% no movimento após o início das atividades dos aplicativos, como o Uber.
Manifestações
Esse é mais um protesto realizado pelos taxistas no Recife. No dia 13 de julho, os motoristas fizeram uma manifestação no Centro da cidade. Durante toda a manhã, o trânsito ficou complicado na região. Depois do ato, eles seguiram para o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
Por causa do ato público, uma longa fila de veículos se formou entre a Câmara Municipal do Recife e a ponte de acesso ao Palácio do Campo das Princesas. Uma comissão foi escolhida para negociar com representantes da Casa Civil.
Em um encontro com representantes do estado, o grupo foi informado que teria de esperar para discutir o assunto. Um novo encontro chegou a ser marcado para o dia 20 de julho, com o objetivo de tratar o assunto com as prefeituras.
Diante da falta de respostas para as reivindicações, os taxistas seguiram para o aeroporto. O trânsito na região ficou muito complicado, no fim da tarde. Os responsáveis pela organização do movimento chegaram a bloquear vias da áreas, mas acabaram se desmobilizando depois de negociação com a Polícia Militar.

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