Deve ter sido ardido para o estômago do Dr. Sérgio Moro ter de ouvir dois ex-procuradores-gerais da República eleitos para o cargo pela categoria, Cláudio Fontelles e Antonio Fernando de Souza, dizerem que nunca, jamais, em tempo algum, quando eles ocupavam o comando do MP, o ex-presidente Lula solicitou ou sugeriu qualquer coisa que pudesse representar uma invasão nas suas atribuições.
Antonio Fernando foi, inclusive, o chefe do MP durante praticamente toda a investigação do chamado Mensalão e disse a Moro que ” “nunca houve nenhum pedido de Lula, diretamente dele ou por interposta pessoa, que interferisse nos atos do procurador-geral. Jamais houve qualquer pedido dele nesse sentido”.
O mesmo falou Fontelles, que lembrou ter sido Lula quem criou , em 2003,, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro no Ministério da Justiça (Encla)que permitiu a integração entre o Ministério Público Federal e diversos órgãos de investigação (como CGU, PF, COAF e Receita Federal). “Pela primeira vez se quebrou o paradigma de que o Ministério Público ficava apartado dos mecanismos de investigação, fundamentais para o combate da macrocriminalidade”, disse.
Será que o Dr. Moro sentiu vergonha, diante destes testemunhos? Acho que não, na prepotência e arrogância que tem prefere os atuais rapazes da Força Tarefa, cheios de convicções e ódios e vazios de equilíbrio, de provas e de senso de Justiça.
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