Após dois dias de discussão, a maioria do partido optou pela aliança. Para a vaga do
Senado, o
nome do deputado federal João Paulo (PT) é o favorito
Publicado em 23/03/2014, às 16h26
Carolina Albuquerque
Por ampla maioria, a posição do PT na eleição ao governo do Estado em 2014 foi definida na manhã deste domingo (23). O partido vai apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB), numa aliança em que reivindica a vaga do Senado na chapa majoritária. A nova etapa desse processo agora é a definição do nome para senador, que tem como favorito e candidato único, até então, o deputado federal João Paulo (PT).
Ao todo, 266 delegados tiveram o direito de votar na plenária, que ocupou com discussão toda a manhã de hoje e o dia de ontem (22). Para a presidente estadual do PT, Teresa Leitão, a reunião de mais de 400 pessoas é um sinal do poder de “reaglutinar” a militância e de “reanimação” do partido, desde o traumático processo das prévias em 2012.
O calendário interno do partido estipula até o dia 5 de abril o prazo para aqueles que queiram se inscrever como pré-candidatos ao Senado. Todos os petistas estão aptos, desde que tenham o apoio de 27 “diretorianos”. Teresa Leitão, no entanto, vai trabalhar por um nome de consenso antes dessa data. “Esperamos, até mesmo antes, ter um nome que unifique o partido”, disse.
Só no início de maio é que os delegados se reúnem novamente. Desta vez, para oficializar, através de votação, o nome para o Senado e a chapa proporcional. Nesse ínterim, o partido planeja agrupar as propostas de governo para ser entregues ao senador Armando Monteiro. “O senador sabe que a nossa aliança não é subordinada nem que estamos vazios de propostas. Queremos também ser protagonistas”, frisou Teresa.
O evento contou com a presença do senador Humberto Costa e de toda a bancada petista federal, incluindo João Paulo. Defensor da tese de candidatura própria, o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, concordou que o processo de votação foi legítimo. “Reconheço que hoje o partido tomou uma decisão, que houve espaço para todos discutirem”, iniciou. Mesmo assim, ele vai reunir o seu grupo para ver uma forma de questionar a decisão, uma vez que, defende, o partido continua dividido. “Veja, foram 60% contra 40%. Uma margem pouca. Se houver brecha, vamos recorrer”, bateu o pé.
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