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segunda-feira, 24 de março de 2014

Tensão » Policial militar é "pichado" durante passeata na Conde da Boa Vista

Publicação: 24/03/2014 11:58 Atualização: 24/03/2014 12:11

Rosto e roupa do policial militar ficaram manchados pela tinta jogada pelos manifestantes. Foto: Rosália Vasconcelos/DP/D.A Press
Rosto e roupa do policial militar ficaram manchados pela tinta jogada pelos manifestantes. Foto: Rosália Vasconcelos/DP/D.A Press
O protesto realizado por comerciantes ambulantes no centro do Recife na manhã desta segunda-feira teve mais um momento de tensão. Na altura no Colégio Marista, na Avenida Conde da Boa Vista, integrantes do movimento "Não vai ter Copa", que acompanhavam a passeata, picharam o rosto e as costas de um policial militar. O gesto foi repudiado pelo presidente do Sindicato dos Comerciantes Informais de Pernambuco, Severino Silva, que reforçou, no carro de som, o tom pacífico da mobilização.

Por volta das 10h, os comerciantes fecharam o cruzamento da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua Gervásio Pires, no centro do Recife. Agentes da Companhia de Trânsito e Transportes Urbanos (CTTU) e do desviaram o tráfegop pela Rua Corredor do Bispo.Na ocasião, outro momento tenso. Alguns motoristas furaram o bloqueio e, com receio, lojas fecharam as portas, inclusive o Shopping Boa Vista. 

Os ambulantes pedem a instalação de um shopping popular na cidade e sugerem a desapropriação do terreno do antigo colégio Marista, na Avenida Conde da Boa Vista. Exibindo faixas e cartazes, os manifestantes contam com o apoio de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do movimento estudantil. 

A passeata segue pelo centro do Recife até a sede da prefeitura, no Cais do Apolo, onde o grupo quer ser recebido pelo prefeito Geraldo Julio e não pelo secretário João Braga. De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Comerciantes Informais de Pernambuco, Luciana Mendonça, nas negociações iniciadas em janeiro deste ano, a prefeitura ofereceu um terreno entre as ruas Sete de Setembro e da Soledade, mas os ambulantes não aceitaram por acreditarem que o local não tem movimento. Outra opção apresentada pela administração municipal serria um prédio localizado por trás do Colégio Marista, mas os comerciantes alegam que o espaço é pequeno, enquanto o terreno onde funcionava a unidade de ensino teria capacidade para abrigar cinco mil ambulantes.

Com informações da repórter Rosália Vasconcelos

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