Autoridades não conseguem conter o avanço dos camelôs e a bagunça num dos principais corredores viários do Recife
Publicado em 30/05/2013.
Wagner Sarmento
wsarmento@jc.com.br
O caos não tem dia, não tem hora, mas tem destino certo: a Avenida Conde da Boa Vista e seu entorno. Não bastasse ser, por natureza, uma das regiões mais movimentadas do Recife, fincada na área central da cidade, coração do comércio, o local ainda convive com problemas crônicos, que se repetem dia a dia, perto ou longe dos olhos do poder público. Vendedores ambulantes tomam as calçadas, pedestres invadem as ruas, carros transitam sob o risco de uma tragédia iminente e a Prefeitura do Recife – que já ordenou o comércio informal em Afogados, Casa Amarela e Água Fria – não consegue dar jeito.
O Jornal do Commercio fez um giro pela região entre o fim da tarde e o início da noite da última terça-feira. Os camelôs tomam as calçadas da Rua do Hospício. Armam suas barracas e tabuleiros na estreita faixa por onde os pedestres deveriam circular. Afirmam que é dali que tiram o sustento de suas famílias e que estão desordenados pela lentidão do governo municipal em encontrar uma solução para o bairro da Boa Vista. “A gente vai fazer o quê da vida?”, indagou um vendedor ambulante.
O grupo, por meio de seu sindicato, tem mantido encontros com o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, e pede a construção de praças de alimentação para deixar as ruas e calçadas livres.
Perto dali, a Praça Maciel Pinheiro é ponto conhecido de venda e consumo de crack. Uma viatura da Polícia Militar parada do outro lado da rua inibia a ação de traficantes e usuários. Não impedia, porém, que a mesma calçada estivesse tomada por mesas e cadeiras. Defronte à praça, a Avenida Manoel Borba vira uma verdadeira feira livre, com a venda de frutas e verduras ocupando uma faixa do corredor.
Perto dali, a Praça Maciel Pinheiro é ponto conhecido de venda e consumo de crack. Uma viatura da Polícia Militar parada do outro lado da rua inibia a ação de traficantes e usuários. Não impedia, porém, que a mesma calçada estivesse tomada por mesas e cadeiras. Defronte à praça, a Avenida Manoel Borba vira uma verdadeira feira livre, com a venda de frutas e verduras ocupando uma faixa do corredor.
A balbúrdia é ainda maior na Avenida Conde da Boa Vista, entre as Ruas José de Alencar e da Santa Cruz (continuação da Gervásio Pires). Os pedestres quase não conseguem andar porque a calçada é invadida por ambulantes de toda sorte: vendedores de batata frita, churros, milho, refrigerante, cerveja, guarda-chuva, relógio, joias, CDs e DVDs. Tem de tudo um pouco. O lixo espalhado evidencia que a falta de educação da população caminha junto e contribui para a desordem urbana.
Na Rua Sete de Setembro, nas imediações da Faculdade de Direito do Recife, a ousadia da informalidade é ainda maior. Salta das calçadas e toma a via dos dois lados, deixando apenas uma estreita faixa central, por onde veículos maiores têm dificuldade de passar. Nos pontos de ônibus, usuários do transporte coletivo disputam espaço com carroças, bancos e lixo. O cheiro de urina compõe o cenário do absurdo. A falta de iluminação em alguns trechos também preocupa.
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