Lideranças do PMDB classificam de "fofoca" possível estremecimento entre o governador e o senador, que estaria chateado com o afastamento do socialista
Publicado em 18/06/2013, às 06h42m
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Entre as lideranças peemedebistas do Estado a ordem é colocar panos mornos sobre o possível estremecimento entre o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o mais recente aliado, governador Eduardo Campos (PSB). O rumor, no bastidor político, de que o senador estaria chateado com a postura do socialista aumentou no último sábado. Jarbas não apareceu na tradicional festa de São João do vice-governador João Lyra (PDT). Embora fontes governistas afirmem que o fato aconteceu – mais de dois meses sem que Jarbas conseguisse falar com Eduardo –, não é interessante prolongar o episódio mal digerido, ainda mais pela imprensa.
Em entrevista à Rádio Folha, o deputado federal Raul Henry, fiel aliado de Jarbas que também não compareceu à festa, resumiu a situação em três simples palavras: “Não existe isso”. Com o presidente estadual da sigla, Dorany Sampaio, a reação foi a mesma. “Isso é fofoca, especulação. Não tem comentário algum a fazer sobre”, disse.
Jarbas estaria chateado com o afastamento de Eduardo, que coincidiu com o seu “mergulho” ou recuo, como alguns insinuaram, ao projeto de sair presidente em 2014. O cenário teria ficado mais esfumaçado com o recente lançamento, no seio socialista, de Eduardo ao Senado, como alternativa à não consolidação do seu voo nacional. A opção entraria em rota de conflito com o desejo de Jarbas, de se reeleger em 2014.
“É claro que atrapalha, é óbvio. Mas isso ainda é hipótese. Ele (Eduardo) não disse nem que era candidato”, comentou o deputado estadual Gustavo Negromonte (PMDB). A reeleição do seu senador é tratada como prioridade dentro do PMDB estadual. Gustavo, assim como seus correligionários, afastou porém a ideia de que estaria havendo algum estremecimento de relação.
Há pouco mais de uma semana, uma conversa acalorada entre Jarbas e Eduardo, flagrada em festa beneficente, foi resumida a uma simples “discussão de relação”. Tanto é que o senador, em resposta aos rumores, divulgou na imprensa que o mote da conversa foi apenas: “Precisamos conversar mais, não é preciso desse hiato”.
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