A matéria publicada na revista Veja desta semana trouxe a tona, além do escândalo da espionagem que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) teria solicitado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) um monitoramento com o objetivo de mediar a possibilidade de realização de uma greve diante da aprovação da MP dos Portos, outro fato grave.
Um dos quatro ‘espiões’ que teriam sido presos pela Polícia Militar de Pernambuco é o vereador de Jaboatão dos Guararapes, Edmilson Silva (PV). “Nada mais natural… Edmilson vive, portanto, uma situação curiosa. Durante o dia, como vereador, é um defensor das liberdades. Às escuras, como araponga, une-se aos colegas de repartição para violá-las”, diz um, trecho da reportagem.
Segundo a publicação, os quatro agentes detidos trabalham na superintendência da Abin em Pernambuco. Edmilson, Mário Ricardo Dias de Santana, Nilton de Oliveira Cunha Junior e Renato Carvalho Raposo de Melo vinham sendo monitorados pela Secretaria de Segurança Pública estadual há algum tempo. No momento da abordagem, os agentes travestidos de portuários apresentaram documentos de identificação falsos.
Depois que a PM revelou a farsa, os ‘espiões’ revelaram a verdade e pediram que não fossem feitos registros oficiais da detenção, já que estavam cumprindo missão sigilosa da Abin. No dia da prisão, o grupo estava em dois carros. O primeiro – Pálio (JCG-1781) – tinha placa fria e o outro – Peugeot (KHI-1941) – estava em nome da Abin.
À Veja, Edmilson negou o envolvimento na espionagem. “Fui ao Porto de Suape algumas vezes para visitar amigos. Mas, nunca fui detido ou preso, nunca usei documento falso, não há registro sobre isso”, disse, informando à revista que nenhum monitoramento contra cidadãos ou governantes é realizado nos dias atuais.
POLÍTICO
Apesar do chefe de segurança do GSI, general José Elito Siqueira, ter afirmado que a espionagem era apenas para “monitoramento de cenários para a presidenta”, a reportagem destaca o cunho político da ação. Diz que o PT faz um esforço colossal para impedir que novas candidaturas presidenciais surjam e coloquem a reeleição de Dilma em dúvida.
Apesar do chefe de segurança do GSI, general José Elito Siqueira, ter afirmado que a espionagem era apenas para “monitoramento de cenários para a presidenta”, a reportagem destaca o cunho político da ação. Diz que o PT faz um esforço colossal para impedir que novas candidaturas presidenciais surjam e coloquem a reeleição de Dilma em dúvida.
Além de Eduardo Campos, o texto cita que o PT orientou o Congresso Nacional a apoiar o PL que dificulta o surgimento de novos partidos e reduz o tempo de propaganda eleitoral e o recebimento de dinheiro do fundo partidário.
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