Indústria recua 2% no País puxada pela queda de São Paulo (- 4,1%). Pernambuco teve decréscimo de - 2,3%
Publicado em 07/09/2013, às 08h00
Do JC Online
A queda de 2% na produção industrial na passagem de junho para julho foi disseminada pelo País, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas a indústria paulista foi a grande vilã, com o maior tombo entre os Estados. A queda na produção em São Paulo em julho foi de 4,1%, a maior desde setembro de 2011 (recuo de 5,4%). No total, nove das 14 regiões pesquisadas registraram recuo na produção em julho ante junho.
No acumulado de 2013, por outro lado, 11 locais têm expansão na produção. Em São Paulo, a alta acumulada nos sete primeiros meses é de 2,5%, acima dos 2% para a média nacional. Pelos dados do IBGE, o comportamento da indústria paulista está ainda mais errático, com fortes altas e quedas, do que a média nacional.
“Neste início de ano, a indústria está oscilando entre fortes quedas e altas. E São Paulo é o carro-chefe, tanto no crescimento quanto no recuo”, diz Rodrigo Lobo, economista da Coordenação de Indústria do IBGE. A indústria representa em torno de 36% da produção nacional, segundo Lobo.
PERNAMBUCO - Depois de registrar crescimento durante três meses consecutivos, a produção industrial de Pernambuco reverteu a tendência de expansão e apresentou queda de -2,3% na passagem de junho para julho. A retração foi a segunda maior do País, atrás apenas de São Paulo.
Apesar do resultado negativo na comparação entre junho e julho, a indústria de Pernambuco comemora indicadores consolidados mais positivos. No acumulado dos sete primeiros meses do ano contabiliza alta de 1% e no confronto com julho de 2012 registra crescimento de 3,8%. Na avaliação de julho de 2013 com julho de 2012, da lista de 11 setores pesquisados, oito expandiram a produção. Os destaques foram os produtos químicos (11,7%), além de alimentos e bebidas (3,7%).
Entre os químicos, as borrachas de estireno-butadieno impulsionaram a alta. Pernambuco é um dos principais polos brasileiros do setor, com uma fábrica da companhia alemã Lanxess, no Cabo de Santo Agostinho, no Complexo de Suape. Na atividade de alimentos e bebidas, os destaques foram para o crescimento na produção de sorvetes, picolés, produtos gelados, farinha de trigo, cachaça, cerveja e chope. No rol dos setores que reduziram a produção estão borracha e plástico (-16,9%) e minerais não-metálicos (-7%).
Com comportamento distinto, a indústria da Bahia, puxada pelas atividades refino de petróleo, fabricação de produtos químicos e metalurgia (cobre), teve alta de 0,5% em julho ante junho, acumulando avanço de 7% no ano e em 12 meses, a maior entre as 14 regiões. No Rio Grande do Sul, a produção acumula alta de 6% no ano até julho, puxada por máquinas e equipamentos. Mas, em 12 meses, o quadro é bem pior (alta de 0,7%).
Confira a íntegra da pesquisa abaixo (Pernambuco na página 5)
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