Enquanto apenas duas pessoas trabalham com jovens infratoras, no Imip há 410
Publicação: 15/09/2013 09:30
Luciana ensina espanhol a adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo. Foto: Cristiane Silva/Esp.DP/D.A Press |
“Aqui aprendi que as meninas não são como as pessoas pensam lá fora. São doces, carentes. Através desse trabalho, passamos a acreditar mais no outro, no que ele tem a oferecer”, diz Luciana. Nas unidades da Funase, o voluntariado é mais que bem vindo. É necessário. Segundo Lurdes Tomás, da instituição, há carência de oficinas de arte-educação na área de cultura e esportes. “Sentimos falta de rodas de leitura, onde as pessoas sentam e discutem o conteúdo de um livro. Afinal, a leitura abre a cabeça para o mundo”, defende. Lurdes lembra que não há material didático disponível e por isso o voluntário precisa usar a criatividade. As duas voluntárias da Funase desenvolvem seus serviços graças a um convênio firmado entre o Núcleo Ariano Suassuna de Estudos Brasileiros, da Universidade Federal de Pernambuco, e a Funase.
Se a Funase sofre com a falta de voluntários, o Imip, nos Coelhos, é uma das instituições que mais atraem pessoas dispostas a trabalhar sem ganhos financeiros. Apesar da grande procura - hoje são 410 atuando -, a unidade precisa de mais gente para trabalhar. “Precisamos de voluntários na enfermaria do Oscar Coutinho, do Hospital Pedro II. Lá, há oportunidade para conversar com os pacientes, cantar, tocar um violão, ler”, explica Rejane Leão, coordenadora do serviço.
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