Ataques continuaram na manhã deste domingo
Publicação: 15/09/2013 10:17
Estados Unidos e Rússia chegaram neste sábado a um acordo em Genebra que dá a Damasco uma semana para apresentar uma lista de suas armas químicas. Foto: Larry Downing/AFP Photo |
O ministro sírio da Reconciliação, Ali Haidar, ressaltou que o acordo "permitiu evitar a guerra".
"Nós saudamos este acordo. Por um lado, ajuda os sírios a sair da crise e, por outro, permitiu evitar a guerra contra a Síria ao deixar sem argumentos quem queria desencadeá-la", disse o ministro à agência estatal russa Ria Novosti. "Este acordo foi possível graças à diplomacia e ao governo russo, é uma vitória para a Síria graças aos nossos amigos russos."
As respostas internacionais para o acordo de sábado foram cautelosas. Os governos do Ocidente, cuidadosos com Assad e familiares com os anos de inspeções frustradas da ONU no Iraque de Saddam Hussein, citaram as enormes dificuldades técnicas de se destruir um dos maiores arsenais químicos em meio a uma guerra civil.
Em Israel, o premier Benjamin Netanyahu recebeu com cautela o acordo. O líder israelense disse que o país espera que o plano leve à "destruição completa" do arsenal de armas químicas da Síria e pressione a comunidade internacional a impedir que o Irã - aliado da Síria - desenvolva armas nucleares.
"Este teste também se aplica aos esforços diplomáticos da comunidade internacional para impedir o armamento nuclear do Irã", afirmou Netanyahu. "As palavras não vão decidir, apenas ações e resultados. Em qualquer caso, Israel deve estar pronto para se defender, por si só, contra qualquer ameaça, e esta capacidade e prontidão são mais importantes hoje do que nunca."
Ainda neste domingo, ataques aéreos, bombardeios e ataques de infantaria contra subúrbios de Damasco na manhã deste domingo mostravam que Assad está de novo retomando a guerra contra rebeldes depois de um recuo após o ataque químico de 21 de agosto que provocou a ameaça de um ataque norte-americano.
"É uma proposta inteligente da Rússia para evitar os ataques", disse à Reuters um apoiador de Assad no porto de Tartous, local de uma base naval russa. "A Rússia vai nos dar novas armas que são melhores que armas químicas."
Um líder da oposição em Damasco ecoou a decepção entre os líderes rebeldes: "Ajudar os sírios significaria acabar com o derramamento de sangue."
Estima-se que o ataque químico tenha matado apenas centenas de mais de 100 mil mortos na guerra que também forçou um terço da população a deixar suas casas desde 2011.
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