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domingo, 15 de setembro de 2013

TRAGÉDIA Jovem atropelada na Conde da Boa Vista é sepultada no Parque das Flores

Thallita Aguiar Gonçalves dos Anjos, de 27 anos, teria passado mal e caído na via


15/09/2013 18:36 - Thomaz Vieira, da Folha de Pernambuco
Gabi Vitória/Folha de Pernambuco
Jovem tinha episódios de perda de consciência e sofria com crises de epilepsia
Uma fatalidade que poderia ter sido evitada caso a estrutura de paradas de ônibus da avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, fosse mais adequada. Assim foi avaliada a morte de Thallita Aguiar Gonçalves dos Anjos, 27 anos, que estava em um ponto nas proximidades da rua do Hospício e, caindo na via, foi atropelada por um coletivo. A jovem foi sepultada, no final da tarde deste domingo (15), no Cemitério Parque das Flores, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife.
De acordo com informações de testemunhas, repassadas pela família da vítima, ela teria passado mal e caído, quando o ônibus, que manobrava para sair da parada, teria passado com a roda traseira sobre sua cabeça. Durante o velório de Thallita, seu pai, Adilson Gonçalves dos Anjos, contou que ela era uma pessoa alegre e realizada. "Thallita era muito amada. Ela estava num momento de plena felicidade", recordou.
O pai explicou que a comerciante tinha episódios de perda de consciência. Aos quatro anos, apareceram abscessos no cérebro dela. Thallita foi submetida a várias cirurgias e recuperou-se. Somente após os 20 anos ela começou a ter crises de epilepsia, com desmaios. Mesmo assim, trabalhava normalmente e costumava andar sozinha. O familiar lembrou ainda que, antes do acidente, ela tinha ido à escola sabatina que frequentava na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por coincidência - ou não - , o tema da aula foi sobre a morte.
O tio de Thallita, Amaro dos Anjos, demonstrou, no entanto, indignação com as paradas de ônibus da Conde da Boa Vista. "O nosso sistema viário é muito precário. Se não fosse desse jeito, talvez esse acidente não tivesse acontecido", disse. Segundo o familiar, o desejo é que o exemplo da sobrinha sirva para que tal situação não ocorra com outras pessoas. Os parentes frisaram que não pretendem mover ação jurídica pela perda.
InfraestruturaReclamações quanto à situação das paradas de ônibus na via são constantes entre os usuários. A estudante Vanessa Maia destaca que o espaço é pequeno e fica muito apertado nos horários de pico. "As pessoas correm para pegar o ônibus, às vezes andam pela rua", diz. A dona de casa Ana Catarina reclama dos motoristas. "Depois que criaram esse corredor, eles não têm respeito pelos pedestres".

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