Nos últimos cinco meses, 250 mil postos foram fechados no setor, que tem peso de
6,5% no Produto Interno Bruto. Estagnação da economia interrompeu o ritmo de
contratações e investimentos em infraestrutura, no mercado imobiliário e no varejo
6,5% no Produto Interno Bruto. Estagnação da economia interrompeu o ritmo de
contratações e investimentos em infraestrutura, no mercado imobiliário e no varejo
Publicação: 12/04/2015 19:54
Obras pesadas se tornaram mais lentas com o envolvimento de grande empreiteiras na Operação Lava-Jato e o atraso de repasses do governo federal. Foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press |
Especialistas acreditam que o período promissor da construção civil, observado principalmente entre 2007 e 2010, chegou mesmo ao fim. Nas obras de infraestrutura, no mercado imobiliário e no varejo, a estagnação da economia derrubou a demanda e interrompeu de vez o ritmo acelerado de contratações e investimentos.
Desde abril de 2014, o número de vagas vem caindo, constata o presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic), José Carlos Martins. Somente nos últimos cinco meses, foram fechados 250 mil postos de trabalho, número significativo para um setor que emprega cerca de 13 milhões de pessoas em toda a cadeia produtiva. Em 2014, setor encolheu 2,6%. Este ano, a queda estimada será de 5%. “A situação vai piorar. Não estão previstas contratações para os próximos meses.”
A tendência é de que a construção civil siga degringolando se a economia não mudar de rumo. Na avaliação de Martins, os investimentos devem cair, especialmente por conta da operação Lava-Jato, da Polícia Federal — o investigado esquema de corrupção na Petrobras — que atingiu as maiores empreiteiras do país. “O empresário investe se o país voltar a crescer. Se o setor público não fizer a parte dele, as empresas também não farão”, afirma.
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