O deputado tucano, vice-presidente do PSDB nacional e presidente estadual da sigla em Pernambuco, Bruno Araújo (SP), que deu o voto decisivo para a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no último domingo (17), é um dos políticos que tiveram seus nomes citados em planilhas da Odebrecht, apreendidas durante a Operação Acarajé, da Policia Federal, no final de março.
As empresas, operadas pelo dono de uma distribuidora de bebidas, atuaram como fachadas da empreiteira. Porém, na contabilidade paralela da Odebrecht apreendida na Operação Lava Jato, o valor atribuído a Bruno é de R$ 300 mil para a campanha de 2012, quando ele não se candidatou.
Como o deputado não foi candidato, a justificativa é que o valor foi repassado por dentro a candidatos a prefeito do PSDB em Pernambuco.
Os documentos da contabilidade paralela demonstram que a empreiteira distribuía dinheiro entre políticos para que eles pudessem favorecer aliados e montar grupos que influíssem além dos mandatos.
Um dos maiores beneficiários deste esquema foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Só em 2010, ele recebeu R$ 5 milhões da Odebrecht.
O curioso é que o dinheiro ficou majoritariamente com o PSC (R$ 3 milhões). Os dez deputados do partido apoiaram Cunha na batalha contra Dilma, com destaque para Jair Bolsonaro, que ao votar disse que o nome do presidente da Câmara entrava para a História.
Só em 2010, outros R$ 900 mil doados pela Odebrecht a Cunha foram repassados ao PR. No último domingo, o ex-ministro do governo Dilma, Alfredo Nascimento (PR-AM), renunciou ao cargo de presidente da legenda, contrariou a bancada do partido e ficou ao lado de Cunha.
Com infomações do portal Viomundo
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