20\04\2016 Compesa
Os projetos nas áreas de abastecimento de água e esgotamento sanitário que estão sendo tocados no estado foram apresentados, nesta terça-feira (19), a cerca de 200 padres da Região Metropolitana do Recife (RMR) por representantes da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Dentro das atividades da Campanha da Fraternidade de 2016, que está abordando o tema do saneamento, o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, convidou o presidente da Compesa, Roberto Tavares, para esclarecer pontos sobre o Programa Cidade Saneada, a Tarifa Social e os trabalhos socioambientais da companhia. O encontro ocorreu no Centro Pastoral da Várzea, na Zona Oeste do Recife. O diretor de Articulação e Meio Ambiente, Aldo Santos e diretor de Novos Negócios Ricardo Barreto também estiveram presente.
No encontro com o clero, Roberto Tavares destacou que a Compesa está realizando empreendimentos que vão melhorar o saneamento em todo o estado. Para 2016, a meta é investir R$ 386 milhões em projetos de abastecimento e R$ 414,5 milhões em coleta e tratamento de esgoto. Na RMR, o principal projeto em curso é o Programa Cidade Saneada, parceria público-privada entre a Compesa e a Odebrecht Ambiental. Em operação há cerca de dois anos e meio, o programa já investiu R$ 330 milhões em obras e serviços, dos R$ 4,5 bilhões previstos. Nesse período, 150 unidades de esgoto (estações de tratamento e de bombeamento) foram recuperadas e cerca de 1,2 mil km de rede foram desobstruídas ou restauradas.
De acordo com o presidente da Compesa, o programa vai abranger todos os 14 municípios da RMR e a cidade de Goiana, na Mata Norte, ampliando a cobertura de esgoto para 90% e tratando 100% do que for coletado. Ele ressaltou, inclusive, que as áreas periféricas desses municípios também estão contempladas no projeto. “O programa prevê a inclusão das áreas de ocupação especial dentro da RMR. Quer dizer que, sempre que houver condições mínimas de urbanização, elas serão incorporadas ao sistema existente”, assegurou o presidente.
A questão da Tarifa Social também foi esclarecida aos padres presentes ao encontro. A política tarifária deverá ser mantida mesmo com o avanço do Programa Cidade Saneada, ficando subordinada à Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe). Hoje, uma família cadastrada na Tarifa Social paga R$ 7,97 por 10 mil metros cúbicos de água. “Temos que reconhecer que a Compesa tem um papel importante no saneamento e que está tentando viabilizar projetos e garantir políticas para melhorar a situação dos pernambucanos, como é o caso da Tarifa Social, que é um olhar de dignidade sobre os menos favorecidos”, afirmou dom Fernando Saburido.
Os trabalhos socioambientais que a Compesa desenvolve nas comunidades também foram apresentados aos padres. O destaque ficou para o projeto Viveiros Educadores, que produz cerca de 250 mil mudas de árvores, por ano, em Poção, Bonito e Pirapama. Com essa ação, a Compesa não apenas cumpre um papel ambiental, com a arborização de espaços públicos, como promove a inserção social, uma vez que capacita adolescentes, muitos ressocializados, na produção e plantio de espécies florestais. “A Compesa, assim como a igreja, quer fortalecer seu papel de agente de transformação e articulação social, por isso investe em projetos como esse. A colaboração da igreja para nos aproximar ainda mais das comunidades, nesse ou em outros trabalhos, é muito bem-vinda”, declarou o diretor Aldo Santos. O encontro foi articulado pelo vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Genival Saraiva de França, e pelo padre Josenildo.
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