O aplicativo Uber vem sendo utilizado pelos recifenses desde o mês de março, mas vem causando preocupações, de acordo com Luiz Eustáquio (PSB). O vereador lamentou, na tribuna de hoje (25), a notícia de que no último final de semana um estudante foi confundido com um motorista do Uber e teve o carro batido por um taxista. O estudante ainda sofreu agressões físicas por outros dois taxistas. “Essa é uma preocupação não só minha, mas de muitos moradores no Recife. O que tem acontecido é que tem sido uma verdadeira guerra campal onde os taxistas estão indo atrás dos carros. A lei da força é que impera. Isso é muito grave”.
O parlamentar frisou a importância do direito de ir e vir do cidadão e citou que o Recife está necessitando de impor regras para combater a violência. “O cidadão não pode ter tolhido o direito de ir e vir. Não estou querendo defender o aplicativo. Estou dizendo que o povo do Recife não merece passar por isso. Daqui a pouco mortes poderão até acontecer e quem vai resolver? Nossa cidade não pode ser terra de ninguém, tem que ter ordem e respeito. É preciso chamar a atenção das autoridades e trazermos uma solução pacífica. Em Brasília, por exemplo, esse impasse foi resolvido e os taxistas organizaram o seu atendimento aos usuários”.
No aparte, o vereador Henrique Leite (PT) ressaltou que a opção do cidadão pela escolha de transporte é livre. “O aplicativo é um transporte privado, então é importante que as pessoas façam suas escolhas. O problema são os frotistas que acumulam concessões e não querem perder espaço. O sindicato dos taxistas pode fazer um movimento forte, reduzir preço da manutenção ou até de taxas para que o custo do passageiro seja menor”. Já o vereador Eurico freire (PV) lembrou que a categoria precisa pensar o problema até não manchar a imagem dos taxistas. “A categoria tem que pensar. Quantos usuários evitarão tomar táxi porque vão pensar que estão sendo conduzidos por algum agressor?”, indagou.
O vereador Jayme Asfora (PMDB) lembrou que a Casa não pode ficar ausente da questão. “Sinto-me na obrigação de reiterar e elogiar essa discussão. A Casa não pode ficar fora desse debate, pois a integridade física do recifense está em questão. Há um descontrole das pessoas que estão agredindo os prestadores de serviço do Uber e não será surpresa se ocorrer algo mais grave”.
Osmar Ricardo (PT) demonstrou preocupação com a atitude de alguns taxistas e sugeriu discutir o tema numa audiência pública. “Fui a um evento em Afogados e conversei com um motorista de táxi. Ele comentou que rasgaram os quatro pneus de um automóvel no Rosarinho e que fizeram uma perseguição do Marco Zero até o bairro do Pina quando o carro perdeu controle e bateu em outro. É preciso que a Casa e a Prefeitura se pronunciem e acharem uma solução para o Recife”.
Diante da sugestão de realizar uma audiência pública, o vereador Luiz Eustáquio comentou que, além do evento, a Câmara formasse uma comissão de vereadores para analisar a questão do Uber. “Acredito, sim, que podemos fazer uma comissão e uma audiência pública até para podermos evitar uma tragédia. Precisamos pensar no direito das pessoas e contribuir. Não é uma ação contra os taxistas, é em defesa da luta pela normalidade nessa cidade”.
Após as discussões, a presidência constituiu uma Comissão formada pelos seguintes vereadores: Jayme Asfora (PMDB), Luiz Eustáquio (PSB), Aerto Luna (PRP), Eurico Freire (PV), Henrique Leite (PT) e Osmar Ricardo (PT).
Em 25.04.16 às 17h17.
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