O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), solicitou, na tarde da última quarta-feira (11), que o PSDB e o DEM entregassem os cargos que ocupavam na administração estadual. O motivo para o distanciamento das siglas é o lançamento das pré-candidaturas do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e da deputada estadual Priscila Krause (DEM) para a disputa à Prefeitura do Recife neste ano. O prefeito Geraldo Julio (PSB) tentará a reeleição.
“Ambos partidos decidiram seguir projetos políticos e de governo divergentes da Frente Popular. Diante desse novo cenário político e entendendo que a gestão do Recife tem sido inovadora, inclusiva e participativa, decidi que a composição do Governo deve refletir o compromisso da Frente Popular com a continuidade desse projeto”, disse o governador, que também é vice-presidente nacional do PSB.
Com o afastamento, o PSDB deixou a secretaria do Trabalho, a Junta Comercial e a direção do Porto do Recife. Já o DEM abriu mão do comando do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe).
De acordo com a Folha de Pernambuco, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, lembrou que a aliança entre as agremiações fez parte de uma tática eleitoral para a disputa de 2014, mas que, tradicionalmente, as legendas têm sido adversárias do PSB.
“PSDB e DEM nunca fizeram parte da Frente Popular, eles sempre disputaram eleições contra a gente. Basta olhar. Qual foi a eleição que estiveram juntos conosco? Somente na eleição de Paulo Câmara, que foi uma tática eleitoral montada por Eduardo Campos. Naquela ocasião, foi boa para o PSB, que conseguiu se colocar dentro da frente política e garantiu a permanência de quadros desses partidos na Câmara e Assembleia. Mas tirando a eleição de 2014, o DEM e PSDB sempre foram nossos adversários”, avaliou.
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