Testemunhas contaram que os soldados tentaram entrar, mas os estudantes não permitiram
Por: portal Folha PE em 16/12/16 às 15 H 51
Exército cerca escola Nilo CoelhoFoto: Reprodução/WhatsApp
Equipes do Exército montaram uma blitz e posicionaram equipes no entorno da escola municipal Nilo Pereira, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, na tarde desta sexta-feira (16). Testemunhas contaram que os soldados tentaram entrar, mas os estudantes não permitiram. Não houve registro de conflito até o momento.
Na página "Ocupe Nilo Pereira", no Facebook, uma postagem afirma que "o Exército está na ocupação desde as 11h e há pressão psicológica e 'organização de guerra' na frente do colégio".
O tenente-coronel Martins Mota, da assessoria de comunicação do Comando Militar do Nordeste, afirmou que os militares estão no local realizando um patrulhamento ostensivo dentro da operação Leão do Norte. Segundo ele, a finalidade não é retirar estudantes. "Precisaria um mandado judicial para isso", afirma. Mota alegou que o caminhão que está parado no meio da rua serve como ponto de bloqueio para controle de via - uma espécie de blitze - e não teria nada a ver com a ocupação da escola.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) disse que não emitiu nenhum mandado de desocupação. A Secretaria de Educação do Recife também nega ter dado qualquer tipo de ordem para retirada de estudantes.
Também no Facebook, a estudante identificada como Marina Pres postou o seguinte texto: "Atenção! Escola Nilo Pereira, única escola do prefeitura do Recife ocupada, se encontra nesse momento sobre pressão com presença do exército em frente à escola. O Simpere está a caminho. Seria importante a presença de outros movimentos e entidades para fortalecer e cobrir de solidariedade esses estudantes".
Histórico
A escola está ocupada desde o dia 23 de novembro. No último dia 14, o Conselho Tutelar do Recife notificou 15 pais de crianças e adolescentes que estão na ocupação, por abandono de incapaz. O grupo foi convocado para uma reunião no Conselho para discutir a medida protetiva, mas só dez compareceram.
Na última terça-feira (13), conselheiros visitaram a escola pela quarta vez para conferir as condições da ocupação e conversar com os estudantes. Na ocasião, o Conselho disse que encaminharia um relatório ao Ministério Público pedindo intervenção judicial no caso. Eles alegam que não há autorização oficial dos responsáveis para que crianças ocupem, sem supervisão, o prédio.
Houve uma denúncia do consumo de drogas e bebidas, mas a gente não faz uso disso aqui dentro, até porque a gente sabe da relação das drogas com vandalismo. A diretora tem a postura de colocar os meninos como vândalos do colégio”, informou a estudante Priscila.
A auxiliar de cozinha Luana José Bento vai com a filha mais nova para a ocupação todos os dias há pelo menos três semanas. “Vim para ajudar. Eles estão lutando pelos direitos deles, contra as medidas do governo que cortam gastos que mexem com nossa vida. Aqui falta muita estrutura nos banheiros e têm muitas bancas quebradas. Eles também reclamam disso”, falou. Os alunos alegam que deveriam ter aula de informática e música, mas nunca tiveram.
Na página "Ocupe Nilo Pereira", no Facebook, uma postagem afirma que "o Exército está na ocupação desde as 11h e há pressão psicológica e 'organização de guerra' na frente do colégio".
O tenente-coronel Martins Mota, da assessoria de comunicação do Comando Militar do Nordeste, afirmou que os militares estão no local realizando um patrulhamento ostensivo dentro da operação Leão do Norte. Segundo ele, a finalidade não é retirar estudantes. "Precisaria um mandado judicial para isso", afirma. Mota alegou que o caminhão que está parado no meio da rua serve como ponto de bloqueio para controle de via - uma espécie de blitze - e não teria nada a ver com a ocupação da escola.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) disse que não emitiu nenhum mandado de desocupação. A Secretaria de Educação do Recife também nega ter dado qualquer tipo de ordem para retirada de estudantes.
Também no Facebook, a estudante identificada como Marina Pres postou o seguinte texto: "Atenção! Escola Nilo Pereira, única escola do prefeitura do Recife ocupada, se encontra nesse momento sobre pressão com presença do exército em frente à escola. O Simpere está a caminho. Seria importante a presença de outros movimentos e entidades para fortalecer e cobrir de solidariedade esses estudantes".
Histórico
A escola está ocupada desde o dia 23 de novembro. No último dia 14, o Conselho Tutelar do Recife notificou 15 pais de crianças e adolescentes que estão na ocupação, por abandono de incapaz. O grupo foi convocado para uma reunião no Conselho para discutir a medida protetiva, mas só dez compareceram.
Na última terça-feira (13), conselheiros visitaram a escola pela quarta vez para conferir as condições da ocupação e conversar com os estudantes. Na ocasião, o Conselho disse que encaminharia um relatório ao Ministério Público pedindo intervenção judicial no caso. Eles alegam que não há autorização oficial dos responsáveis para que crianças ocupem, sem supervisão, o prédio.
Houve uma denúncia do consumo de drogas e bebidas, mas a gente não faz uso disso aqui dentro, até porque a gente sabe da relação das drogas com vandalismo. A diretora tem a postura de colocar os meninos como vândalos do colégio”, informou a estudante Priscila.
A auxiliar de cozinha Luana José Bento vai com a filha mais nova para a ocupação todos os dias há pelo menos três semanas. “Vim para ajudar. Eles estão lutando pelos direitos deles, contra as medidas do governo que cortam gastos que mexem com nossa vida. Aqui falta muita estrutura nos banheiros e têm muitas bancas quebradas. Eles também reclamam disso”, falou. Os alunos alegam que deveriam ter aula de informática e música, mas nunca tiveram.
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