Durante sua passagem por Buenos Aires nesta semana, em que recebeu título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho (UMET), a presidente deposta Dilma Rousseff disse que a saída para a crise política e econômica instaurada com o golpe parlamentar é a realização de eleições diretas; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para ela, é a saída; "Não penso em voltar à política, porque o grande presidente para o Brasil é Lula", afirmou Dilma; "O povo brasileiro jamais autorizou, numa campanha eleitoral, a aposentadoria integral só após 49 anos de trabalho"; "A eleição direta é um momento para lavar e enxaguar a alma do povo, que também não autorizou de maneira alguma que houvesse um processo de privatização, principalmente na área do petróleo"
247 - A presidente afastada Dilma Rousseff recebeu na noite dessa quinta-feira, 22, em Bueno Aires, o título de Doutora Honoris Causa concedido pela Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho (UMET). Durante sua passagem pela Argentina, Dilma falou a vários jornalistas e voltou a criticar a golpe parlamentar do qual foi vítima no Brasil e que pôs Michel Temer na Presidência da República.
Para Dilma, a solução para a crise política que instalou no Brasil após o golpe é a realização de eleições diretas imediatamente. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para ela, é a saída. "Não penso em voltar à política, porque o grande presidente para o Brasil é Lula", afirmou Dilma.
Para a presidente deposta, o congelamento de gastos por 20 anos ou a reforma da Previdência precisam passar por uma campanha eleitoral. "É preciso eleição direta e participação do povo nesta questão. Por quê? Porque o povo brasileiro jamais autorizou uma emenda constitucional que congele o gasto com saúde, educação, segurança, ciência e tecnologia por 20 anos e que deixe solto o pagamento do juros da dívida pública."
Segundo ela, "o povo brasileiro jamais autorizou, numa campanha eleitoral, a aposentadoria integral só após 49 anos de trabalho". "A eleição direta é um momento para lavar e enxaguar a alma do povo, que também não autorizou de maneira alguma que houvesse um processo de privatização, principalmente na área do petróleo."
Durante sua participação na "aula magna" de fim do curso internacional "Políticas Públicas para a Igualdade", organizado pelo Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso), Dilma foi bastante aplaudida pelo público presente.
Assista:
Dilma acredita, entretanto, que Michel Temer não irá renuncia ao cargo para viabilizar eleições diretas. "Achar que ele vai renunciar é, no mínimo, uma ingenuidade. Ninguém dá um golpe absolutamente sem fundamento, claramente ilegal, sem crime de responsabilidade, ferindo e rasgando a Constituição para depois renunciar", refletiu.
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