quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Paulo Câmara e Ângelo Gioia, que aprofundou a crise na Segurança Pública com perseguição acintosa a Policiais Militares |
Ao escolher o delegado federal e ex-superintendente da Regional da PF, no Rio de Janeiro, Ângelo Gioia, certamente, o governador Paulo Câmara deve ter apreciado o fato de que dito policial já teve contra si pelo menos duas Denúncias ajuizadas pelo Ministério Público Federal sob a acusação de que, na qualidade de Superintendente Regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro, tinha por prática reiterada, "forjar inquéritos", inclusive mediante "a produção de documentos falsos", para intimidar subordinados que se atrevessem a denunciar malfeitos de assessores do próprio Gioia, ao passo que inquéritos envolvendo policiais corruptos ficavam, por anos, dormitando nas gavetas da Corregedoria daquela Regional.
O Blog teve acesso à íntegra das duas denúncias ajuizadas pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro, contra Gioia e os demais membros da Comissão disciplinar que podem ser acessadas AQUI e AQUI, sendo de impressionar que uma remonte a fatos ocorridos no ano de 2000 e outra ao ano de 2009, demonstrando que as práticas de utilização de procedimentos disciplinares com finalidades intimidatórias seriam, digamos assim, recorrentes, na história funcional do Secretário de Defesa Social escolhido por Paulo Câmara para "solucionar" a grave crime em que se encontra mergulhada a Segurança Pública de Pernambuco.
Na Denúncia protocolada em 2010, o Ministério Público Federal acusa o atual Secretário de Defesa Social de Paulo Câmara, Ângelo Gioia de ter instaurado um procedimento disciplinar contra outro Delegado da Polícia Federal (Leonardo de Sousa Tavares), por ter denunciado um esquema de corrupção envolvendo a Assessoria de Gabinete de Ângelo Gioia, consistente na facilitação da prática dos crimes de contrabando e descaminho nos vôos internacionais em aeroportos do Rio de Janeiro.
De acordo com a Denúncia do MPF, o intuito do processo disciplinar era intimidar o Delegado denunciante para que mudasse seu depoimento contra a assessora de Gioia prejudicando as investigações que estavam em curso na Procuradoria da República em razão de denúncia feita pelo próprio Delegado Federal, vítima dos procedimentos administrativos ditos "forjados" pelo MPF.
Chama a atenção a grave acusação contra Ângelo Gioia de que procedimentos disciplinares contra policiais corruptos eram mantidos nas gavetas da Corregedoria, inclusive aqueles referentes à chamada "Operação Furacão", que ocasionou a "aposentadoria compulsória" de um desembargador federal e de um ministro do Superior Tribunal de Justiça:
Impressiona, portanto, que um governo que tenha um secretário de Defesa Social com tal histórico de perseguições e denúncias por esses fatos, feitas pela Procuradoria da República e onde o próprio governador é alvo de pedido de indiciamento por crimes contra o patrimônio público e a Administração Pública, pelo Procurador Geral da República venha ameaçar policiais militares de prisão quando estão apenas exercendo seu direito constitucional de não exercerem funções extras como no caso dos chamados PJES (Leia AQUI e AQUI).
Depois de prenderem, sem ordem judicial (Leia AQUI), os líderes do movimento por melhores condições de trabalho e salarial da PM, Paulo Câmara e Gioia acreditam, realmente, que podem tudo no estado de exceção que criaram pra chamar de seu.
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