Publicação: 27/07/2013 18:00
Aos 84 anos, ele mantém sua clientela com serviço "caro, mas de qualidade". Foto: Carolina Braga/Esp.DP/D.A Press |
Vestido com uma camisa social cinza com listras brancas finas, Manoel dos Santos recebeu o Diario enquanto recolocava um botão em uma calça social. Insistiu que a entrevista fosse rápida porque não podia perder um segundo de trabalho, para não atrasar as encomendas dos fregueses. Com 84 anos de idade, o único ofício que praticou na vida foi o de alfaiate. Aprendeu a costurar ainda criança, há tanto tempo que nem se lembra mais. Além modelar, costurar e cortar roupas, Seu Manoel também possui uma especialidade: é cerzidor.
A única propaganda do serviço é uma pequena placa azul que fica do lado direito da Rua José Bonifácio, logo depois do cruzamento com a Rua Conde de Irajá, na Torre. Cerzidor é aquele profissional que praticamente faz milagre. Ele consegue esconder as marcas feitas pelas traças ou mesmo quando o tecido é rasgado de uma peça de roupa. O trabalho requer muito tempo, prática e cuidado, por isso custa caro. “Geralmente, o freguês paga o preço que for porque eles só vêm aqui quando o problema é com roupas caras, como ternos ou vestidos de festa”, conta.
ara conseguir tirar as marcas de traça, por exemplo, Seu Manoel tira um pedaço do tecido da bainha das calças ou do paletó. Se não for possível, o pano vem de dentro dos bolsos. O serviço dura praticamente dois dias para ser concluído. “Dá muito trabalho e muitas vezes não compensa porque se a gente colocar um preço muito alto, o cliente pode desistir. Meu médico já falou que eu estou forçando muito a minha vista e que já está na hora de parar com esse tipo de serviço”, contou. Mas o que o mantém na ativa é justamente os pedidos dos clientes, já que não existe outro cerzidor na Zona Norte do Recife.
A única propaganda do serviço é uma pequena placa azul que fica do lado direito da Rua José Bonifácio, logo depois do cruzamento com a Rua Conde de Irajá, na Torre. Cerzidor é aquele profissional que praticamente faz milagre. Ele consegue esconder as marcas feitas pelas traças ou mesmo quando o tecido é rasgado de uma peça de roupa. O trabalho requer muito tempo, prática e cuidado, por isso custa caro. “Geralmente, o freguês paga o preço que for porque eles só vêm aqui quando o problema é com roupas caras, como ternos ou vestidos de festa”, conta.
ara conseguir tirar as marcas de traça, por exemplo, Seu Manoel tira um pedaço do tecido da bainha das calças ou do paletó. Se não for possível, o pano vem de dentro dos bolsos. O serviço dura praticamente dois dias para ser concluído. “Dá muito trabalho e muitas vezes não compensa porque se a gente colocar um preço muito alto, o cliente pode desistir. Meu médico já falou que eu estou forçando muito a minha vista e que já está na hora de parar com esse tipo de serviço”, contou. Mas o que o mantém na ativa é justamente os pedidos dos clientes, já que não existe outro cerzidor na Zona Norte do Recife.
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