O primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff (PT), com a política de criação de estruturas que culminou no número atual de 39 ministérios, contrasta, de acordo com matéria do Estado de S. Paulo, com a evolução dos gastos da máquina pública federal registrada nas últimas duas décadas.
De acordo com dados do Ministério do Planejamento, o peso do custeio pouco mudou de 1995, primeiro ano do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até o ano passado, segundo ano de governo da presidente petista.
A relação das despesas com pessoal concursado e comissionado com a receita corrente líquida da União até diminuiu.
No entanto, apesar de a criação de ministérios apresentar impacto baixo, a alta dos gastos da Presidência, que abriga boa parte das novas estruturas de primeira escalão federal, chama a atenção. Em 1995, os gastos de custeio do Planalto eram de R$ 70 milhões, em valores corrigidos pelo IPCA. Em 2012, as despesas chegaram a R$ 594 milhões. Isso significa uma parcela menor dentro dos R$ 17,6 bilhões que custa a máquina pública, mas é um aumento de 742%.
Sob o comando da Presidência existem 14 pastas com status de ministério que, boa parte, foi criada a partir do governo do ex-presidente Lula (PT). Muitas, segundo a publicação, tinham o objetivo de abrigar alas do PT e cumprir promessas de ampliar o espaço políticos de minorias e movimentos sociais.