Aliado a isso, a Colômbia passava por um conturbado momento político, incluindo a tomada do Palácio da Justiça, o que fez com que o exercíto estivesse concentrado na capital. Quando a tragédia ocorreu, não foi possível ajudar as cidades impactadas. O governo desestabilizado não pode montar equipes de resgate e monitoramento.
Assim como ela, na área ao redor tinham muitas outras pessoas em situação parecida. Era quase impossível vislumbrar um desfecho que não fosse o mais trágico. Muitos gritos, pessoas tentando ajudar no resgate mas não era o suficiente pois havia o risco de parti-la ao meio. Omayra estava presa de tal modo que as pessoas não conseguiam ajudá-la, era preciso uma bomba específica para retirar água, além de outros equipamentos que não estavam presentes no local.
Quando Frank Fournier já haviam outros profissionais da imprensa por lá, junto com a Cruz Vermelha. Ela já estava submersa a mais de 60 horas e percebeu o que as pessoas ali já sabiam: Não poderíam salvá-la mas sim permanecer com ela, confortando-a nos seus ultimos momentos. Os jornalistas transmitiram essas poucas horas de Omayra para todo o mundo; Frank enviou no mesmo dia as suas fotos para Paris e tempo depois ganhou muitos prêmios com ela.
Com a história de Omayra, o mundo iniciou um debate a respeito da ética jornalística e se os se os profissionais alí presentses não eram nada além de abutres. Eles afirmaram que ao chegaram a situação já era irreversível. Todos fizeram pedidos ao governo para enviar uma equipe especializada com o aparato necessário mas o despreparo era muito grande e não havia plano ou coordenação para efetuar os resgates. Segundo Fournier“Há centenas de milhares de Omayras pelo mundo – histórias importantes sobre os pobres e os fracos –, e nós, fotojornalistas, estamos lá para criar a ponte.”
Veja o vídeo com a última mensagem de Omayra
Nenhum comentário:
Postar um comentário