O motorista Carlos Antônio Costa colocou silicone industrial nas partes íntimas e, há quatro anos, não consegue manter uma vida sexual saudável. Por conta própria, ele injetou o material no órgão genital.
Há seis anos, Carlos não se preocupou com os riscos que poderia causar à própria saúde. Insatisfeito com o corpo, ele aplicou cerca de 200 ml de silicone industrial no pênis.
— O que me levou foi a vaidade mesmo. Eu malhava muito e estava muito grande na época e me levou a colocar esse silicone por causa da vaidade mesmo.
Após a aplicação, o efeito não foi o esperado por Carlos. Casado e pai de três filhos, ele não tem relações sexuais devido ao inchaço e às dores que sente.
O médico urologista Alfredo Canalini alerta para as contraindicações do uso do produto.
— A injeção de silicone industrial no corpo humano é uma prática clandestina, extremamente perigosa e condenada por todos os profissionais de saúde, independentemente do lugar do corpo onde essa injeção é feita.
Carlos conta que pagou pelo produto R$ 500. Segundo ele, na época, o silicone teve resultado, mas, com o passar do tempo, as dores foram surgindo.
Em outubro de 2012, Carlos se submeteu a uma cirurgia no Hospital Universitário Pedro Ernesto para a retirada do material do corpo dele, mas os médicos não conseguiram tirar todo o produto. Para Canalini, uma nova cirurgia dificilmente resolveria o problema, pois as sequelas causadas no organismo são irreversíveis.
— A gente, infelizmente, leva essas sequelas para a vida toda. Porque retirar esse silicone depois que ele é aplicado, depois que ele vai escorrendo - vamos dizer assim - pelo corpo humano, é difícil. É uma cirurgia bastante difícil de ser feita e os resultados são bastante precários.
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