Publicação: 04/03/2014 18:20
Manifestante opositor atira pedras contra cartaz com foto do ex-presidente Hugo Chávez, em 22 de fevereiro de 2014, em Caracas. Foto: Leo Ramirz/Arquivo/AFP Photo |
Um ano após a morte do Comandante Supremo, vítima de câncer aos 58 anos, a figura, o rosto ou os olhos pintados do líder acompanham os venezuelanos em ruas, prédios públicos e cartazes, em cada canto do país.
Há semanas, o governo venezuelano antecipa o comparecimento em Caracas de vários chefes de Estado e governo com os quais Chávez fechou alianças baseadas em afinidades ideológicas de um discurso anti-imperialista, apoiado por uma petrodiplomacia ativa.
Mas nenhuma lista de visitantes foi divulgada pelo governo, cuja discrição se acentuou neste mês de protestos, que deixou 18 mortos, centenas de feridos, e gerou denúncias de violações dos direitos humanos.
Apenas o líder sandinista nicaragüense, Daniel Ortega, e o presidente boliviano, Evo Morales, confirmaram presença.
Um local de peregrinação
O caixão com o corpo de Chavez fica no Quartel da Montanha, instalação militar de cuja esplanada se tem uma visão panorâmica de Caracas, principalmente do Palácio presidencial de Miraflores.
Uma guarda de honra permanece ao redor do caixão, juntamente com grandes fotografias do líder, infografias sobre sua vida, e gravações de Chávez cantando o hino nacional.
Um desfile com força
As cerimônias de amanhã começarão com um desfile militar no setor oeste de Caracas, no qual o governo deverá aproveitar para exibir seu moderno equipamento militar, remodelado a um custo de milhões de petrodólares.
Além de caças Sukhoi e unidades navais, a Venezuela comprou blindados T-72, helicópteros de transporte militar e de combate, e sistemas de mísseis, entre eles os Pechora, com rampas de lançamento móvel.
Além do desfile e da cerimônia, haverá outro ponto alto da data, como a estreia mundial do documentário "Mi Amigo Hugo", dirigido pelo americano Oliver Stone, que será exibido na noite de amanhã pela rede de TV Telesur.
O filme, de 50 minutos, reúne depoimentos de familiares, amigos, intelectuais e políticos. "Espero que essas entrevistas, juntas, deem uma ideia do amor, do tamanho da falta que ele faz para seu povo", disse Stone em entrevista à Telesur.
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