Publicado em 12.04.2014, às 16h25
Toda a família do pequeno Mohammad Musa foi acusada por uma suposta agressão a funcionários de uma companhia de gás
Fotos: AFP
A Justiça paquistanesa retirou neste sábado (12) a acusação de tentativa de assassinato apresentada contra um bebê de 9 meses, um caso que destacou as falhas no sistema jurídico do país.
Também foi iniciada uma investigação para entender por que a polícia indiciou o pequeno Mohammad Musa. Toda a sua família foi acusada por uma suposta agressão a funcionários de uma companhia de gás, na cidade de Lahore.
O caso ganhou atenção internacional, ridicularizando o sistema criminal do Paquistão, depois que a criança foi fotografa chorando, enquanto suas impressões digitais eram tiradas.
Criança chegou a ter impressões digitais tiradas
O oficial Kashif Muhammad, que estava no cena do crime e prestou as acusações, foi suspenso.
A maioridade penal no país passou de 7 para 12 anos em 2013, com exceção de casos de terrorismo.
A polícia informou ao juiz Rafaqat Ali Qamar neste sábado que o bebê "não era mais requerido no caso". O avô de Musa, Muhammad Yassin, retirou, então, um pedido de fiança que havia feito.
Yassin acusou a polícia de fabricar as acusações, para beneficiar um rival da família que queria retirá-la do território, e que para isso teria obtido uma ordem para remover o fornecimento de gás da casa.
Fonte: AFP
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