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quinta-feira, 24 de abril de 2014

PERNAMBUCANO Durval: 'rei das taças do Estadual'

Zagueiro e capitão rubro-negro passou por cima das críticas e mostrou que continua 

com bom futebol

Publicado em 24/04/2014, às 01h01


Do JC Online

Capitão comemora seu gol na Arena Pernambuco / Diego Nigro/JC Imagem

Capitão comemora seu gol na Arena Pernambuco

Diego Nigro/JC Imagem

O Sport não sabia o que era conquistar o Campeonato Pernambucano desde 2010. A reconquista da hegemonia local, após três anos de insucessos na decisão contra o Santa Cruz, coincide com o retorno do capitão e xerifão Durval, autor do gol da vitória desta quarta-feira, o gol que coroou a 40ª taça estadual do Leão. Um zagueiro que não brinca em serviço e calou a boca de alguns críticos (analistas disseram que ele estava velho) com o mesmo futebol seguro de sua primeira passagem pela Ilha do Retiro. De quebra, ajudou na consolidação do sistema defensivo como um todo.

Durval chegou ao Sport para a temporada 2006, após ser vice-campeão da Libertadores no ano anterior pelo Atlético-PR – perdeu a taça para o São Paulo. Na Ilha do Retiro, foi campeão estadual de 2006 a 2009. Também foi de fundamental importância na campanha do título da Copa do Brasil de 2008. O torcedor do Sport jamais vai esquecer o gol de falta nas quartas de final contra o Internacional. O Leão vencia por 2x1, mas precisava de mais um para avançar. Foi aí que Durval “soltou a perna” e balançou a rede, fazendo 3x1 e classificando o Leão para a semifinal. 

No ano seguinte, Durval foi um dos destaques na campanha da Libertadores. O rubro-negro caiu em um grupo dificílimo, com Colo Colo, LDU e Palmeiras (todos campeões do torneio), e se classificou em primeiro lugar. Nas oitavas, o Palmeiras eliminou o Sport nos pênaltis. 

Depois de disputar as temporadas 2010 a 2013 no Santos (onde conquistou outros seis títulos), o capitão leonino retornou à Ilha do Retiro e levantou ao lado do goleiro Magrão a taça do título da Copa do Nordeste. Ontem foi a vez do troféu do Estadual. Assim, cumpriu uma espécie de promessa que fez quando chegou no Sport. “Espero dar alegria para a torcida”.

Do jeito tímido de sempre, Durval falou pouco após a partida de ontem. As poucas palavras, no entanto, foram suficientes para demonstrar a satisfação por mais um título. “Ganhar é sempre bom. No futebol, só é lembrado quem ganha e conseguimos dois títulos recentes muito importantes”, disse, lembrando o Nordestão. “Acho que tenho um histórico muito bom contra o Náutico”, contou sobre o histórico favorável ante os timbus.

A FORÇA DA DEFESA

Durval não deu só alegria para os torcedores. Dentro de campo, trouxe a confiança necessária a um setor que se destacou como o melhor do Nordestão e do Campeonato Pernambucano – nesta competição, terminou com 10 gols sofridos em 14 partidas. Jogadores se beneficiaram do alto nível técnico do xerife para crescer junto, como o zagueiro Ferron, os laterais Patric e Renê e os volantes Rodrigo Mancha e Ewerton Páscoa.

Mas só citar esses atletas para exemplificar o salto defensivo do Sport seria injusto. Conforme citou o treinador Eduardo Baptista em várias de suas entrevistas, foi a força do conjunto que fez a diferença. A marcação sempre começou no ataque, com o primeiro homem da frente, o atacante Neto Baiano. E era fortificada nos lados com os outros atletas que entrassem nas pontas como os atacantes Felipe Azevedo e Ananias ou o volante Wendel e o lateral-esquerdo Danilo.

“É importante ter essa marca de melhor defesa. Mas é bom frisar também que não é só a gente ali atrás. Os atacantes têm ajudado na marcação. É o conjunto que ganha com isso. Assim como quando faz um gol. O trabalho coletivo tem sido o fundamental do Sport esse ano. Todo mundo tem feito sua parte”, avaliou Ferron, o companheiro de Durval.

E para que todo mundo possa correr o tempo todo, entra na equação a questão da preparação física. “O departamento físico do Sport é de ponta. Faz a diferença. Isso é uma verdade”, destacou Eduardo Baptista.

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