Governo estima incremento de 30% em receita turística durante os festejos juninos, incluindo gastos com hospedagem, alimentação, serviços e compras. Prefeituras investem mais no período
Publicado em 26/05/2013, às 10h20m
Prefeituras estão otimistas para os festejos. No interior, a renda do São João de 2012 foi 25% maior que a do ano anterior
Roberto Franca/ JC Imagem
O São João é uma das festas mais populares e mais caras do Nordeste. O retorno, porém, parece compensar. Baseado na média de crescimento dos últimos dois anos, o governo estadual espera um incremento de 30% em receita turística, advinda de gastos com hospedagem, alimentação, serviços e compras. De acordo com pesquisa realizada em 2012 pela Empetur nos municípios de Arcoverde, Carpina, Caruaru, Gravatá, Pesqueira e Petrolina, a receita deixada pelos 595 mil visitantes foi de R$ 179 milhões, um aumento de 25% em relação a 2011. Este ano, as prefeituras mantêm o otimismo para os festejos juninos.
Em Caruaru, onde acontece uma das festas mais tradicionais, os investimentos devem chegar aos R$ 3,5 milhões apenas para o pagamento das 370 atrações confirmadas nos cinco polos. “Esse investimento é equivalente ao do ano passado. Já em termos de público, esperamos que cerca de um milhão e 200 mil pessoas passem pela cidade durante os 30 dias de festa”, conta o prefeito José Queiroz. De acordo com a secretária de Turismo, Lúcia Félix, a infraestrutura este ano está melhor. “Queremos que o São João seja um cartão-postal para a Copa do Mundo. Melhoramos os camarotes, o formato e a localização dos palcos”, acrescenta. Em 2012, o faturamento total foi de R$ 204 milhões, um acréscimo de 12,7% em relação a 2011. Este ano, a prefeitura espera repetir o resultado.
Em Arcoverde, a expectativa também é alta. O secretário de turismo e eventos da cidade de Arcoverde, Albérico Pacheco, diz que o investimento previsto entre os dias 20 a 29 de junho é de R$ 2,5 milhões, contra os R$ 2 milhões gastos no ano passado. “Esperamos uma movimentação econômica de R$ 30 milhões na economia local”, conta. Segundo ele, a movimentação financeira do ano passado foi de R$ 20 milhões. “O mês de junho é considerado o segundo melhor mês do ano para Arcoverde. Só perde para o mês de dezembro”, compara.
A cidade de Carpina é outra que aposta num mega investimento para a sua programação junina. São R$ 2 milhões para oito dias de festa, com expectativa total de 500 mil pessoas. “Ano passado, o gasto com o São João foi em torno de R$ 1 milhão. Mas em 2013, apostamos em maior infraestrutura, segurança e decoração nos quatro polos do evento”, afirma o prefeito Carlos do Moinho.
A expectativa também é alta no Sertão. Durante os nove dias de festa, a prefeitura de Petrolina espera receber 120 mil pessoas por dia, mesma quantidade do ano passado. O custo também será o mesmo. “Contamos com um investimento da ordem de R$ 8 milhões, custeado através do apoio de nossos patrocinadores. Serão 250 mil m² de infraestrutura, com dois palcos, camarins, camarotes e áreas especiais para deficientes”, diz o secretário de turismo de Petrolina, Iuric Pires.
O Recife, que não tem um São João tradicional como as festas do interior, aposta nos turistas que vêm assistir aos jogos da Copa das Confederações. “Estamos esperando que mais de um milhão de pessoas passem pelos polos da cidade entre os dias 6 e 30 de junho. Em 2012, tivemos 80% de ocupação hoteleira, mas acredito que esse percentual chegue a 90% este ano”, diz o secretário de Turismo do Recife, Felipe Carreras. De acordo com o secretário de cultura do Recife, Roberto Lessa, o custo das festas juninas, neste ano, deve girar em torno de R$ 6,5 milhões, um número próximo ao orçado no ano passado. “Queremos diminuir a captação de verba pública e ampliar a captação junto aos patrocinadores”, acrescenta Lessa.
O secretário de Turismo do Estado, Alberto Feitosa, diz que o valor do investimento total com as festas juninas, bem como o repasse de verbas para cada cidade, ainda não está definido. Mas lembra que, no ano passado, a Empetur gastou R$ 2,7 milhões no São João de cinco cidades: Riacho das Almas (R$ 100 mil), Limoeiro (R$ 150 mil), Gravatá (R$ 200 mil), Arcoverde (R$ 500 mil) e Caruaru (R$ 1,8 milhão). E espera que em 2013 este valor possa se equiparar.
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