Acidente aconteceu no trecho de 50 metros da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, que liga o bairro do Leblon a São Conrado
Por: AFP - Agence France-Presse
Publicado em: 21/04/2016 17:45
Vista da ciclovia Niemeyer interditada após seu desabamento parcial. Foto: AFP/CHRISTOPHE SIMON |
Segundo a imprensa, uma das vítimas fatais foi identificada como Eduardo Marinho de Albuquerque, um engenheiro de 54 anos.
O secretário municipal de governo, Pedro Paulo, disse que o acidente foi fruto de uma "forte ressaca, uma onda que bateu de baixo para cima" na pista. Ele confirmou o balanço de dois mortos e um desaparecido.
O secretário se recusou a falar sobre as causas da tragédia e pediu aos jornalistas que aguardem o laudo técnico dos engenheiros que fizeram a obra. As duas pistas da Avenida Niemeyer estão fechadas ao tráfego e os bombeiros mantêm as buscas no local.
Segundo fontes oficiais, três pessoas foram resgatadas após o desabamento. As autoridades mobilizaram bombeiros, mergulhadores, lanchas, motos aquáticas e helicópteros para os trabalhos de busca.
O desabamento parcial ocorreu por volta das 11H30.
A ciclovia, inaugurada em janeiro, teve custo de R$ 45 milhões, como parte das obras de melhorias na cidade para os Jogos Olímpicos 2016.
Com quase 4 km de extensão e 2,5 metros de largura, a Ciclovia Tim Maia foi concebida como um circuito de atração turística e um dos legados olímpicos.
Em nota, o prefeito Eduardo Paes anunciou que "lamenta profundamente o acidente na ciclovia e se solidariza com as famílias das vítimas e com todos os cariocas neste momento".
O prefeito, que estava em viagem para a Grécia, onde participaria da cerimônia de passagem da tocha olímpica, está voltando ao Brasil e falará com a imprensa na sexta-feira.
"É imperdoável o que aconteceu, já determinei a apuração imediata dos fatos e estou voltando para o Brasil para acompanhar de perto" a situação, informou Eduardo Paes.
Ainda segundo a Prefeitura, a fundação Geo-Rio, responsável pela contenção de encostas, vai apurar as causas do acidente e divulgará um laudo assim que concluir os trabalhos.
A empresa encarregada da construção da ciclovia será a responsável pelos concertos, sem custos para o município, pois a pista ainda estava na garantia.
Um morador da Rocinha, comunidade próxima à ciclovia, contou ter se salvado por milagre.
"Acabava de passar de bicicleta quando subiu uma onda muito grande. Ela bateu no paredão e subiu 4 ou 5 metros, e a passarela caiu no mar, cinco metros atrás de mim. Vimos cair cinco pessoas que estavam de bicicleta também. Acho que morreram. O mar está muito bravo hoje. Acho que os bombeiros encontraram dois ou três", disse Damião Pinheiro de Araújo, aposentado de 60 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário