Segundo coordenador da força-tarefa, apenas 3% dos corruptos brasileiros sofrem algum tipo de punição
Em sessão de debates da Comissão Especial de Combate à Corrupção, Dallagnol mencionou um estudo da Fundação Getulio Vargas segundo o qual apenas 3% dos corruptos brasileiros sofrem algum tipo de punição: “Vivemos um paraíso da impunidade no Brasil”, cravou.
Isso acontece, explicou, porque esse tipo de crime tem baixo risco e alta possibilidade de benefício. “A pena dificilmente passará de quatro anos e provavelmente será prestação de serviços à comunidade e doação de cestas básicas”, afirmou. Após o cumprimento de um quarto da pena, ela ainda pode ser perdoada.
Dallagnol garante que a corrupção não tem cor partidária e que não adianta trocar o governo: “Se queremos mudar, tem que mudar o sistema”.
Em março, o Ministério Público Federal entregou à Câmara um abaixo-assinado com mais de 2 milhões de assinaturas em apoio a dez medidas do órgão para combater a corrupção.
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