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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Um governo de extermínio


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A que veio o governo que chegou pela via de um golpe? Prometeu que ia reunificar o país, mas tudo o que ele faz é desmontar o que havia sido construído de país, de sociedade, de Estado, de Brasil.
Governo que se instalou para destruir: destruir o que temos de democracia. Violou o mandato de uma presidenta reeleita pelo voto popular, por meio de acusações sem fundamento. Violou a democracia, conspirando contra o mandato legal de uma presidenta para se valer de maioria parlamentar eleita na base dos métodos corruptos do seu aliado privilegiado, Eduardo Cunha, para assaltar o Estado.
Governo que só tem agenda negativa: destruição do patrimônio publico, privatizando a preço de banana o pré-sal, conquista da capacidade de pesquisa do setor publico brasileiro, dado de presente a empresas privadas e a corporações multinacionais. Destrói a Petrobras como maior empresas brasileira, para fatia-la e vende-la a corporações multinacionais.
Governo que veio para impor um ajuste fiscal brutal, frente a uma recessão profunda, promovendo o endividamento do Estado, para fazer o Brasil voltar aos braços do FMI, do qual saiu na ultima década.
Governo que destrói o Estado brasileiro, enfraquecendo sua ação de regulação econômica, de indução do crescimento econômico, de garantia dos direitos de todos. Governo que liquida o poder do Estado de limitar a ação selvagem do mercado e dos seus agentes.
Governo que veio para desmontar os direitos que foram estendidos a todos na última década, promovendo a inclusão social de todos, voltando a intensificar a desigualdade, a exclusão social, a pobreza, a miséria e o abandono. Governo que veio para reinserir o Brasil no Mapa da Fome.
Governo que veio para promover a agressão contra os países aliados do Brasil, com atuações violentas e extremadas, fala fino com os EUA e grosso com os nossos vizinhos e, até agora, aliados.
O Senado vai deixar que um governo que destrói o Brasil siga governando? Em 2018, o país estará reduzido a cinzas, socialmente desintegrado e explosivo, politicamente com a rejeição de toda a população ao governo, ao Congresso, aos políticos e ao Judiciário. Economicamente na mais profunda crise recessiva da sua história. Internacionalmente isolado e desprestigiado.
O cenário da votação final do Senado está dado: não ficou em pé nenhum argumento que pudesse fundamentar o impeachment. Está inquestionavelmente configurado que se trata de um golpe, que se vale de uma maioria parlamentar para tentar invalidar as eleições e o voto popular.
A voz das ruas é inequívoca: Fora Temer! Os escrachos dos que mantêm posição a favor do golpe é uma condenação permanente aos que não ouvirem a voz das ruas.
O Senado poderá votar com o povo ou contra o povo, com a democracia ou contra a democracia, com o Brasil ou contra o Brasil. Poderá dar licença para que um governo não eleito pelos brasileiros extermine o que foi construído de melhor no país ou devolva para o povo a decisão sobre o seu destino.
É a votação mais importante da história do Senado, depois daquela vergonhosa em que aprovou o golpe de 1964. Votará com os brasileiros ou contra os brasileiros, pela reconstrução do país como democracia política e social ou o entregará nas mãos dos banqueiros, para que dilapidem a riqueza do país? Votará pela retomada do desenvolvimento econômico com distribuição de renda, como o povo escolheu em quatro eleições sucessivas ou jogará o país nas trevas da recessão sem saída, do desemprego sem limites e da ditadura, como desprestigio internacional voltando a recair sobre o Brasil? Ou se entrega o país nas mãos dos que o destroem irreversivelmente ou se vota pelo direito dos brasileiros decidirem sobre seu futuro e o destino do país.

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