Praça em Valparaíso exibe cartazes de mulheres desaparecidas durante a ditadura Pinochet, instaurada por um golpe há 43 anos.REUTERS/Rodrigo Garrido
Com manifestações, homenagens ao falecido ex-presidente Salvador Allende e aos milhares de assassinados e torturados, o Chile iniciou neste domingo (11) a recordação dos 43 anos de golpe de Estado que instaurou a ditadura de Augusto Pinochet.
O palácio La Moneda, sede do governo que foi bombardeado em 11 de setembro de 1973, foi o centro do primeiro ato oficial do dia com uma homenagem a Allende - liderado pela presidente socialista, Michelle Bachelet.
Na sede do governo ainda ressoam "os ecos do mais doloroso marco de nossa história recente", que culminou com o retorno à democracia em 1990, assinalou Bachelet em um breve e emocionado discurso.
"Hoje o Chile recorda o que ocorreu há 43 anos, aquilo que nunca mais voltará a acontecer, porque temos uma certeza irrenunciável (de que) enquanto a luz da memória seguir viva, ninguém estará vencido e ninguém estará esquecido", afirmou a presidente.
Ditadura provocou mais de 3.200 mortes e desaparecimentos
Ruas do centro de Santiago amanheceram cercadas e com uma maior quantidade de policiais do que o habitual para assegurar a ordem durante a manifestação que percorrerá vários quilômetros de Santiago. Familiares das vítimas da ditadura, que ainda clamam por justiça, homenagearão os mais de 3.200 mortos e desaparecidos deixados pelo regime.
Bachelet destacou os avanços em políticas de direitos humanos e assegurou que serão ampliados os espaços destinados a manter a memória do que houve no regime.
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