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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

BRASIL, JUSTIÇA, POLÍTICA O silêncio da OAB sobre o ministro da Justiça e ex-advogado do PCC no caso Palocci

Alexandres de Moraes se complica. A Ordem dos Advogados do Brasil é sua cúmplice?
O grande jornalista Marcelo Auler revela as coincidências das agendas do ministro vidente, a oficial e aquela das tramóias.
O questionamento acima é apenas mais uma questão levantada, este post trata do que escreveu o jornalistaFernando Brito em seu Tijolaço – Auler, o repórter sem “acaso”, e as “coincidências” do Ministro “sabe-tudo” da Lava Jato.
O ex-ministro Antonio Palocci foi preso pela Polícia Federal de São Paulo, na primeira hora da manhã de segunda-feira.
Marcelo Auler, que não é repórter de “press-release”, nos conta hoje, em seu blog, que coincidência tem limite.
Vá vendo só a reconstituição:
 Na sexta-feira (23/09), à tarde, Alexandre de Moraes, o ministro da Justiça do governo que jogou no lixo 54 milhões de votos destinados à Dilma Rousseff com o golpe do impeachment, esteve na superintendência do Departamento de Polícia Federal (DPF) de São Paulo. Foi uma visita atípica, pois o habitual é que ministros de Justiça visitem superintendências acompanhados do Diretor Geral da instituição. Moraes foi sozinho. 
A sós, reuniu-se, com o superintendente Disney Rosseti, no gabinete dele. Rosseti é um dos nomes que frequentam a bolsa de apostas de quem será o futuro Diretor Geral (DG) da instituição. Não é o único, mas teria como padrinho o atual DG Leandro Daiello Coimbra. Depois da reunião dos dois, Moraes e Rosseti se encontraram com os chefes de delegacias especializadas. Oficialmente, debateu-se o combate ao crime organizado. 

Na sexta-feira, quando da visita do ministro à SR/DPF/SP, ali já estavam os mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no dia 12 de setembro. O alvo principal, como se sabe, foi o ex-ministro Antônio Palocci. Tratava-se da 35ª Fase da Operação Lava Jato, marcada para a segunda-feira, (26/09).
E onde foi que o ministro falastrão prometeu no domingos “novas prisões esta semana?”
No domingo, véspera dos mandados serem cumpridos, Moraes estava em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, para prestigiar a campanha a prefeito do seu correligionário no PSDB, o ex-secretário estadual de Logística e Transporte e atual deputado federal, Duarte Nogueira. Tucano como Moraes. Em um ato de campanha, ao encontrar-se com os membros do Movimento Brasil Livre, seus parceiros no golpe do impeachment, ele tratou de tranquilizá-los:
“Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim“, disse.
Ribeirão Preto é a base política de Antonio Palloci, que foi seu prefeito e é desafeto  político de décadas.
Curiosamente, apenas por coincidência, Duarte Nogueira está na mesma lista onde a PF diz ter achado o “italiano”, que seria Palloci:
Marcelo foi buscar lá a reportagem do G1 da região de Ribeirão Preto e Franca: Políticos da região de Ribeirão Preto são citados em planilhas da Odebrecht: :
“O secretário de Logística e Transportes de São Paulo, Duarte Nogueira (PSDB), a prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (PSD), e o ex-prefeito de São Carlos (SP) Oswaldo Baptista Duarte Filho (PT) estão entre os 200 políticos citados nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal na 23ª fase da Operação Lava Jato”. 
São estas mesmas planilhas usadas pelo juiz Sergio Moro para justificar as prisões de ontem, a mais notável delas a de Antonio Palloci.
Cada vez mais, diz Marcelo, “a Lava Jato demonstra seu viés político eleitoreiro. Vazam o que querem e guardam sigilo sobre o que incomoda.”
Será que depois de tantas “coincidências” aquele promotor de Curitiba diria: “não tenho provas cabais, mas tenho convicção”?
O que diria Sergio Moro “em cognição sumária”?
Leia a história completa no blog do Marcelo Auler.

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