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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

CÂMARA Em defesa no plenário, Cunha ataca PT e diz ser vítima de vingança

Cunha afirmou que processo de cassação de seu mandato é o preço por ter dado continuidade ao processo de impeachment
Publicado em 12/09/2016, às 21h58
Cunha disse ainda que está havendo seletividade em relação a ele / Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Cunha disse ainda que está havendo seletividade em relação a ele

Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
ABr

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha(PMDB-RJ) afirmou há pouco que o processo contra ele, que pode resultar na cassação do seu mandato, é de natureza política e não tem provas. Ao fazer sua própria defesa no plenário da Câmara, Cunha atacou o governo do PT, disse que está sendo perseguido e que o processo é uma “vingança”.


"Eu estou pagando o preço de ter o meu mandato cassado por ter dado continuidade ao processo de impeachment. É o preço que eu estou pagando para o Brasil ficar livre do PT", disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“O processo de impeachment que está gerando tudo isso. Eles querem troféu para dizer que é golpe. Tivemos o prazer, e isso ninguém vai conseguir tirar, por mais que o PT xingue, chore, o governo deles foi embora e graças a atividade feita por mim que aceitei o processo de impeachment”, discursou Cunha.

Falando de improviso, Cunha fez um histórico de sua atuação parlamentar de quatro mandatos e sobre o processo. Ele disse que faria uma fala política e não das questões técnicas. Segundo ele, boa parte do plenário sequer conhece o processo.

“Estamos aqui vivendo um processo de natureza política dentro de um conceito de denúncias do chamado petrolão. Esquema criminoso montado pelos governos do PT”. Para Cunha, a votação da sua cassação às vésperas das eleições municipais faz parte da tentativa de criminalizá-lo. 

“Marcaram uma votação como essa as vésperas do processo eleitoral é querer transformar isso em um circo. Não temos o hábito do julgamento, muito mais ainda naquilo que é técnico”, disse o peemedebista.

Com a voz embargada, Cunha apelou que, a Casa, pelo menos, analise os recursos de seus aliados que pedem o fatiamento da votação. Pediu ainda que seja julgado com isenção.

"Se o plenário chegar a conclusão que vai acabar com a minha carreira política, o que vai causar com a minha família, não tem problema. A decisão é soberana de vocês. Eu peço a vocês que tenham a isenção sobre aquilo que estou sendo acusado e condenado. Não me julguem por aquilo que está sendo colocado na opinião pública ou pelo que ouviram dizer"

Nos 31 minutos que teve direito a fazer sua defesa, Cunha atacou o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo. Disse os que querem cassá-lo não conseguiram provar que ele tem contas no exterior e que o truste não é uma conta.

O peemedebista disse ainda que está havendo seletividade em relação a ele. Segundo ele, a denúncia contra o presidente do Senado está há mais de 3 anos esperando para ser apreciada, e que no caso dele demorou menos de 60 dias.

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