Deputado federal Paulo Pimenta (RS) assumiu a função, no lugar de Carlos Zaratini (SP), nesta terça-feira (2)
© Antonio Cruz/Agência Brasil
POLÍTICA DECLARAÇÃO
Com o objetivo de barrar a Reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer e defender o direito de Lula ser candidato, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) assumiu, nesta terça-feira (2), a liderança da bancada petista na Câmara dos Deputados.
O deputado gaúcho sucede Carlos Zaratini (PT-SP), que esteve à frente da bancada durante todo o ano de 2017.
“Vamos iniciar uma jornada de mobilização em todo o País, que vai culminar no dia 24, quando Lula, indevidamente, será julgado pelo TRF-4”, afirma Pimenta, escolhido por unanimidade pelos seus colegas de partido.
“Essa mobilização social continua em fevereiro para impedir que a Câmara aprove a proposta do governo Temer de acabar com a previdência social no Brasil”, prossegue.
De acordo com Pimenta, a bancada petista estará em Porto Alegre já no dia 22, mobilizada na defesa de Lula. “Eleição sem Lula é fraude. É ilegítima. Não vamos legitimar o golpe, por isso Lula será candidato em qualquer cenário”, afirma.
O anúncio de que Paulo Pimenta comandaria a bancada do PT foi feito no dia 12 de dezembro, durante ato em Brasília que contou com a participação do ex-presidente Lula. A comunicação oficial à Câmara dos Deputados, no entanto, foi realizada nessa terça.
Para ele, 2018 será o início da “nova etapa da nossa mobilização”, que inclui a luta contra “tentativas de novas privatizações, em especial da Eletrobras”. “Teremos uma atenção grande com a Petrobras também”, complementa o deputado.
Na área da educação, Pimenta destaca a luta contra a tentativa de sucateamento do ensino superior público e contra o ataque à autonomia das universidades e institutos federais.
“Um outro assunto que a bancada vai trabalhar é o ativismo partidário de setores do judiciário, do MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal), que é uma afronta à Constituição Federal e terá duro combate da bancada, com denúncias dentro e fora do Brasil”, assegura.
“Esse estado policial com a passividade do judiciário e cumplicidade da grande mídia hoje representam um risco real ao Estado Democrático de Direito no Brasil”, opina Pimenta.
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