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sábado, 8 de junho de 2013

Geraldo Azevedo


Geraldo Azevedo, músico, compositor e cantor
Geraldo Azevedo









Geraldo Azevedo fala de defesa do São Francisco e Comissão da Verdade: ’Os militares são covardes’

por Lara Maiato / Marília Moreira
Nascido nas margens pernambucanas do Rio São Francisco, o cantor Geraldo Azevedo traz a Salvador, em comemoração ao dia dos namorados, um show ainda mais intimista. As apresentações acontecem nos dias 12 e 13 de junho, às 21h, no Teatro Sesc Casa do Comércio, e abarcarão alguns dos seus muitos sucessos, a exemplo de "Dia Branco" e "Taxi Lunar". Aos 40 anos de carreira, o músico já realizou parcerias inesquecíveis, como a dupla com Alceu Valença e "O Grande Encontro", com Alceu, Zé Ramalho e Elba Ramalho, e apresenta uma grande versatilidade de repertório, que vai de Luiz Gonzaga a Bob Dylan. Autodidata, o pernambucano revelou ao Bahia Notícias as novidades que o público pode esperar dos shows, a sua relação afetiva com o álbum "Salve São Francisco" e os novos discos que prepara. Torturado na ditadura militar, ele também criticou a declaração do cantor Amado Batista, ao programa de Marília Gabriela, de que o período na prisão teria sido como "castigo de criança dado pela mãe". "Ele deve tido um pai e mãe muito ruins, porque meus pais nunca fizeram o que os militares fizeram comigo na ditadura. Os militares são covardes", afirmou. Confira a entrevista na íntegra! 
Bahia Notícias  -  Você vai fazer dois shows aqui, em Salvador, nos dias 12 e 13 de junho, e vai ser um show voz e violão. O que o público pode esperar e quais as novidades para esses dois espetáculos?
Geraldo Azevedo  -  É um show muito intimista, ainda mais porque é dia dos namorados. Eu vou apelar para canções bem românticas, além das músicas do meu repertório, eu vou apresentar também músicas de Vinicius de Moraes, até porque eu estou homenageando ele nos meus shows por conta dos 100 anos que ele completaria esse ano, e Chico César.
BN  -  E como é para você esse tom mais intimista que o show em voz e violão proporciona?
GA  -  Eu já costumo fazer shows assim e tem um público que gosta muito e até prefere mais o voz e violão que o show com a banda. Mas, realmente, a maior parte dos shows que eu faço é de voz e violão pela facilidade de acontecer a produção. É fácil fazer porque é menos gente e também porque é um show meio improvisado, não tem roteiro porque eu não tenho músico para dar satisfação, então, o que der na telha eu canto (risos).
BN - Você costuma classificar esses shows como "voz, violão e coro"...
GA  -  E vai ser assim se Deus quiser. Voz e violão não é só voz e violão porque, na verdade, as pessoas cantam e eu acho maravilhoso. Eu me sinto muito feliz e honrado de dar essa oportunidade, porque quem canta seus males espanta.
BN  -  E como é selecionar o repertório para os novos shows diante de tantos sucessos ao longo desses 40 anos de carreira?
GA  - É verdade e eu preciso selecionar porque não tem como tocar tudo, mas eu vou procurar fazer as músicas mais carismáticas e que traduz o sentimento mais profundo das pessoas.
BN  -  No show com a banda tudo é feito praticamente em família. Gabriela, Lucas, Tiago e Clarice, seus filhos, trabalham com você. Gabriela é produtora e os outros três são músicos. Como é manter esse trabalho em família?
GA - Este ano eu fiz um show especialmente nessa situação. Eu não chamei músico nenhum e fiz um show só com meus filhos, uma temporada no [Teatro] Rival. Foi uma maravilha! Para mim é uma celebração essa possibilidade de conviver intensamente com os meus filhos através desse trabalho que eu faço, até para compensar o comecinho da carreira em que eu deixava eles, todos pequenininhos, em casa, tinha que cair na luta e ficava ausente. Agora eles estão na estrada comigo.
BN  -  O seu último álbum foi "Salve São Francisco", gravado em 2011, conta com várias participações. Como surgiu a ideia desse projeto?
GA  -  O Rio São Francisco para mim é um rio muito especial. Eu nasci na beira desse rio e comunguei com ele em tudo. Interagi com esse rio de forma muito profunda. Até os 18 anos não sabia nem o que era um chuveiro, eu só me banhava nesse rio. A convivência nele, a pesca, a agricultura. E com o passar do tempo, eu vi o rio meio definhando, estava diminuindo, e, ao mesmo tempo, aumentava a quantidade do seu uso, as barragens que tinham nos açudes e começaram a fazer a transposição, então eu achei que devia chamar a atenção para a revitalização do rio, para ter cuidado com ele. E eu resolvi chamar as pessoas para cantar comigo e todo mundo abraçou. Eu procurei botar os artistas dos estados por onde o rio passava. E da Bahia foi de onde mais teve gente, teve Roberto Mendes, Ivete Sangalo, Maria Bethânia, Márcia Porto e Vavá Cunha [e Moraes Moreira], tudo da Bahia. De Pernambuco teve quatro: eu, Dominguinhos, Alceu Valença e Geraldo Amaral e de Alagoas teve Djavan. Foi um projeto maravilhoso. Até tenho vontade de fazer no futuro o segundo "Salve São Francisco" porque eu ainda preciso de apelo.
BN  -  Esse álbum também foi indicado ao Grammy Latino como "Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras - Regional Nativa", em 2011.
GA  -  Ser indicado para o Grammy, mesmo que a gente não ganhe [o percussionista Naná Vasconcelos foi quem venceu na categoria], é um orgulho porque o trabalho da gente ganha uma dimensão internacional. Achei maravilhoso, fiquei honradíssimo.
BN  -  Quais são as suas principais influências musicais?







GA -  Pernambuco é um estado muito cheio de manifestações culturais, como frevo, maracatu, baião… Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga influenciaram a gente de uma forma que desde pequeno a gente fica ouvindo. Eu canto "Sabiá" desde os quatro anos de idade, por exemplo. No começo eu nem achava que era influência, mas depois foi que eu vi que foi muito importante para minha formação. E também tiveram os artistas da mesma geração, como Caymmi, Tom Jobim e Vinicius [de Moraes], e os mais novos, como Caetano e Gil… Aprendi muito com eles!
BN  -  No seu início, principalmente, o principal meio de divulgação do seu trabalho veio a partir das novelas, como "Gabriela" e "Saramandaia". Como você avalia esse meio de divulgação?
GA  -  É sempre bem vindo isso de você ser convidado a colocar música em uma novela porque ela já tem um espaço conquistado pelos brasileiros. Você há de convir que vai ser ouvido e notabilizado no espaço da mídia, vai ter mais oportunidade. No começo foi bom porque, antes de gravar meu primeiro disco solo, eu já tinha música em novela.
BN  -  Sua resistência já foi posta à prova muitas vezes e, talvez, um dos momentos mais difíceis, tenha sido durante a ditadura, em que você foi preso duas vezes. Há algumas semanas, o cantor Amado Batista revelou em entrevista à Marília Gabriela que mereceu a tortura, e que o que passou quando esteve preso foi como um castigo de criança dado pela mãe. Como artista, o que você acha dessa declaração? 







GA  -  Ele deve ter tido um pai e mãe muito ruins porque meus pais nunca fizeram o que os militares fizeram comigo na ditadura. Eles [os militares] são covardes. E essa declaração de Amado Batista, com todo respeito que tenho a ele enquanto artista, foi muito infeliz.
BN  -  Você pensa em acionar a Comissão da Verdade, que foi instaurada desde abril do ano passado para investigar os casos de repressão na ditadura militar, para tentar encontrar quem lhe torturou?


GA  -  Pelo que sei eles estão apurando as coisas. Uma vez eles ficaram de pegar um depoimento meu, mas nunca pegaram. Mas não sei se vai ajudar alguma coisa não, porque eu já falei sobre as situações que vivi, como no dia em que fui preso e mataram uma pessoa do meu lado, em entrevistas, então se quiserem investigar já tem esses depoimentos, dos nomes que citei. Inclusive, eu disse que os militares colocaram fotos do cara como procurado, mas eles já tinham matado, que eu tinha visto.
BN  -  Você desde cedo abandonou as gravadoras. Como é ser um artista independente no Brasil atualmente?
GA  -  Tem seu lado bom e seu lado ruim, de todo jeito. O bom de ser totalmente independente é ter livre-arbítrio sobre você mesmo e a demanda do seu trabalho é uma coisa maravilhosa, porque era uma coisa que eu não sabia negociar e não gostava de pressão nenhuma sobre mim. Por outro lado, você perde um bocado de investimento, de orçamento, pra fazer um disco você tem que tirar do bolso pra gravar. Mas no geral, eu não me arrependo não, eu gosto de ser independente.
BN  -  O que podemos esperar de novidades de Geraldo Azevedo?
GA - Vou gravar um CD de inéditas no segundo semestre e também estou preparando um DVD de carnaval para lançar no fim do ano. Também tem o segundo disco do "Salve São Francisco". E tem mais projetos pela frente.
Fonte: Bahia Notícias - 06/06/2013
Geraldo Azevedo
Geraldo Azevedo de Amorim
11/1/1945 Petrolina, Pernambuco
Compositor. Cantor. Violonista. Autodidata, com 12 anos de idade já estava tocando violão. Aos dezessete, começou a fazer parte do grupo Sambossa.
Dados Artísticos
Iniciou sua trajetória musical quando, aos 18 anos, mudou-se para o Recife, a fim de estudar. Na capital pernambucana, juntou-se ao grupo folclórico Grupo Construção, do qual faziam parte Teca Calazans, cantora, Naná Vasconcelos, percussionista e Marcelo Melo e Toinho Alves, músicos do Quinteto Violado. Em 1967, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou com a cantora Eliana Pittman. Em seguida, juntou-se a Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo e Franklin, formando o Quarteto Livre. O grupo acompanhou o cantor Geraldo Vandré em diversos shows, inclusive na emblemática "Caminhando". Devido a problemas políticos com a ditadura militar da época, o grupo se dissolveu. Em 1968, a cantora Eliana Pittman gravou a primeira composição de Geraldo Azevedo, "Aquela rosa". No incício dos anos 1970, formou dupla com o também pernambucano Alceu Valença. Ainda em 1970, a dupla participou do Festival Universitário da TV Tupi com as composições "78 rotações" e "Planetário". A boa performance da dupla chamou a atenção da gravadora Copacabana. Em 1972, lançou com Alceu Valença, seu primeiro LP. No mesmo ano, e ainda com o parceiro Alceu Valença, tomou parte do Festival Internacional da Canção, com a composição "Papagaio do futuro", que contou com a participação de Jackson do Pandeiro. Ainda com o parceiro Alceu e com Zé Ramalho, fez grande sucesso em fins dos anos 1970, com "Táxi lunar". Também no mesmo período fez grande sucesso com "Caravana", em parceria com Carlos Fernando e que fez parte da trilha sonora da novela "Gabriela", da TV Globo. Em seu trabalho faz um mistura entre as sofisticadas harmonias da Bossa Nova e a viva influência da música negra. É autor de composições de puro lirismo, como "Dia branco" e frevos embrasados, como "Tempo tempero" e "Pega fogo coração". Teve diversas músicas utilizadas em novelas e outros programas de televisão, entre os quais, "Juritis e borboletas", na novela "Saramandaia"e "Arraial dos tucanos", do seriado "Sítio do pica-pau amarelo", ambos na TV Globo. Em 1979 e 1980, participou do projeto coletivo de gravação de frevos, "Asas da América", volumes I e II. Em 1984, participou com os músicos Elomar, Vital Farias e Xangai, do Show "Cantoria", no Teatro Castro Alves, em Salvador, do qual resultou o disco "Cantoria I", gravado ao vivo, nos dias 13, 14 e 15 de agosto daquele ano. Nesse disco, interpretou "Novena", de sua autoria e M. Vinícius e "Semente de Adão", dele e Carlos Fernando, cantada em dueto com Xangai. Participou, ainda, como violonista em diversas faixas do disco. Em 1988, foi lançado o disco "Cantoria II". Em 1996, participou no Canecão, no Rio de Janeiro, do show "O grande encontro", ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho. Do show resultou o CD "O grande encontro", onde interpretou "O ciúme", de Caetano Veloso, "Dia branco", de sua autoria e Renato Rocha, "Veja (Margarida)", de Vital Farias e "Chorando e cantando", dele e Fausto Nilo. Em 1997, gravou "O grande encontro II", com Elba e Zé Ramalho, no qual tocou viola e violão, além de interpretar canções como "O princípio do prazer", de sua autoria e "Canta coração", parceria com Carlos Fernando. Em 1998 gravou o programa "Ao vivo entre amigos", pela Rádio MEC-AM, entrevistado pelo crítico R. C. Albin, tendo sido transmitido para todo o Brasil pela TV Educativa. Em 1999, realizou uma série de shows, percorrendo diversas cidades de Minas Gerais e do Nordeste, culminando com um show em Recife, em Pernambuco, apresentado ao vivo em praça pública. Em 2000, lançou o CD "Hoje amanhã", gravado nos Estados Unidos, no qual interpretou, entre outras, "Vou te buscar" e "Quando você vem", parcerias com Geraldo Amaral e "Tá querendo", parceria com Capinam, além da música título, parceria com Fausto Nilo. Em 2001 apresentou-se na casa de espetáculos Canecão no Rio de Janeiro cantando músicas do seu disco "Hoje amanhã", acompanhado do grupo de forró Paratodos, de seu filho Lucas.Na ocasião, foi apresentado em primeira mão o clipe da música "Onde tu vai João?". Em 2002 foi homenageado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro com o título de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro. No mesmo ano, tocou em Paris com um grupo de artistas brasileiros. Em 2005, fez participação especial no lançamento do DVD "O melhor forró do mundo", gravado ao vivo pelo grupo Forroçacana, em show na casa de espetáculos Canecão, no Rio de Janeiro, cantando com o grupo a música "Táxi lunar".  Em 2006, prestes a completar 43 anos de carreira, realizou show na Lona Cultural Gilberto Gil, em Realengo, no Rio de Janeiro, repassando diversos clássicos de sua trajetória, como "Dia branco, e Táxi Lunar", entre outros. Nessa ocasião, a gravadora Biscoito Fino lançou a coletânea "100 anos de frevo - É de perder o sapato", uma coletânea com dois CDs, da qual participaram vários artistas consagrados da MPB, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Alceu Valença, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Silvério Pessoa, Geraldo Azevedo e Chico Buarque, entre outros. O álbum conta com a execussão instrumental da Spokfrevo Orquestra, trazendo um repertório que vai do clássico a sucessos inquestionáveis do gênero. As faixas abrangem: "Frevo nº 1" (Antônio Maria) na voz de Maria Bethânia; "Energia" (Lula Queiroz) na voz de Lenine; Valores do Passado (Edgard Moraes) na voz de Maria Rita; "Homem de Meia Noite (Carlos Fernando / Alceu Valença) na voz de Alceu Valença; "De Chapéu de Sol Aberto" (Capiba) na voz de Vanessa da Mata; "Tempo Folião" (Carlos Fernando / Geraldo Azevedo) na voz de Geraldo Azevedo; "Frevo Rasgado" (Gilberto Gil / Bruno Ferreira) na voz de Elba Ramalho; "Me Segura se Não eu Caio" (J. Michiles) na voz de Ney matogrosso; "0 Último Regresso (Getúlio Cavalcanti) na voz de Luiz Melodia; Frevo Diabo (Edu Lobo / Chico Buarque) na voz de Edu Lobo; "Atrás do Trio Elétrico" (Caetano Veloso) na voz de Silvério Pessoa; Frevo nº3 (Antônio Maria) na voz de Geraldo Maia; "Bom Danado" (Luiz Bandeira / Ernani Seve) na voz de Nena Queiroga;" Madeira que Cupim não Rói (Capiba) na voz de Claudionor Germano; "Evocação nº1 (Nelson Ferreira) na voz de Antônio Nóbrega; "Aurora de Amor" (Romero Amorim / Maurício Cavalcanti) na voz de Lígia Miranda, Nena Queiroga, Rosana Simpson e Vanessa Oliveira.
Em 2007, sete anos após seu último lançamento, lançou o CD "O Brasil existe em mim", pela Sony&BMG. Nesse álbum, há uma grande diversidade de ritmos, que passa pelos tradicionais samba, forró e maracatu, até sons mais modernizados, como a balada romântica "O Paraíso É Agora", uma versão batida remix desta mesma música, e o reagge "Ver de novo". O disco contou com participações especiais de Elba Ramalho, na faixa "São João Barroco", Alceu Valença, na faixa "Já que o Som Não...", e de Clarice Azevedo, em "Ver de novo". Em 2009, lançou seu primeiro DVD solo, "Uma geral do Azevedo", que contou com a direção geral de Lara Velho. Em 2011, lançou o CD/DVD "Salve São Francisco", homenageando o Rio São Francisco, que atravessa cinco estados do Brasil nordeste. O álbum, produzido por Robertinho do Recife, com direção musical do próprio Geraldo, traz participação de Ivete Sangalo na faixa "O Ciúme", de Caetano Veloso (de 1987) que cita o "Velho Chico" na letra. O DVD exibe imagens das gravações de estúdio. Além de Dominguinhos, Moraes Moreira, Alceu Valença e Roberto Mendes, também participam do projeto Djavan, interpretando "Barcalola do São Francisco", e Fernanda Takai, em "Opara", com influência bossa-novista. No DVD, o destaque é a interpretação de Maria Bethânia, cuja imagem não foi captada para o vídeo. Apenas a voz da cantora é ouvida na interpretação em toada de "Carranca que chora", parceria de Geraldo com Capinam.  No mesmo ano, participou do evento "São João carioca",   realizado pela prefeitura do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, comomorando a passagem dos festejos juninos. O evento levou ao palco montado naquele parque artistas como Caetano Veloso, Dominguinhos, Elba Ramalho e Alcione, entre outros.
Obra
Acende-me (c/ Carlos Fernando)



Adoro você



Ágil passarinho



Ah maravilha(c/ Capinam)



América futura (c/ Capinam)



Aquarela real (c/ Carlos Fernando)
Arraial dos tucanos (c/ Carlos Fernando)
Arte longa (c/ R. Rocha)
Asas de verão (c/ Carlos Fernando)
Aventuras vulgares (c/ Xangai e Capinam)
Barcarola do São Francisco (c/ Carlos Fernando)
Beleza agreste (c/ Carlos Fernando)
Berekekê (c/ Capinam)
Bicho de sete cabeças II (c/ Zé Ramalho e Renato Rocha)
Birutabar (c/ G. Amaral)
Bossa tropical (c/ Pipo Spera)
Cadê meu carnaval
Canção da despedida (c/ Geraldo Vandré)
Canta coração (c/ Carlos Fernando)
Caravana (c/ Alceu Valença)
Caravelas (c/ Carlos Fernando)
Casa brasileira (c/ R. Rocha)
Chorando e cantando (c/ Fausto Nilo)
Cintilante coração (c/ Capinam)
Como flor (c/ P. Melito e F. Metalúrgico)
Coqueiros (c/ M. Vinícius)
Coração do agreste (c/ Carlos Fernando e Pissica)
Correnteza (c/ Alceu Valença e Carlos Fernando)
Dia branco (c/ R. Rocha)
Domingo de pedra e cal (c/ Carlos Fernando)
Dona da minha cabeça (c/ Fausto Nilo)
É brincadeira (c/ Fausto Nilo)
Elo partido (c/ Carlos Fernando)
Em Copacabana
Espiral do tempo (c/ Carlos Fernando)
Fases (c/ Capinam)
For all para todos (c/ Capinam)
Forrozear (c/ Carlos Fernando)
Grande momento (c/ Carlos Fernando)
Hoje amanhã (c/ Fausto Nilo)
Ilha morena (c/ Carlos Fernando)
Inclinações musicais (c/ R. Rocha)
Instinto vulcão (c/ Renato Rocha)
Jardim do Éden (c/ Carlos Fernandes)
Juritis e borboletas (c/ Carlos Fernando)
Lennon in the sky (c/ Pipo Spera e Capinam)
Letras negras (c/ Fausto Nilo)
Lucas (c/ Pipo Spera e E. Marques)
Lusitana do norte (c/ Carlos Fernando)
Manequim (c/ Reanto Rocha)
Menina do Lido (c/ Carlos Fernando)
Mestre Raimundo (c/ Carlos Fernando)
Miragens (c/ Zé Ramalho)
Moça bonita (c/ Capinam)
Morena linda flor (c/ G. Amaral)
Mulher (c/ Neila Tavares)
Natureza viva (c/ Carlos Fernando)
Nós dois pelo céu (c/ Capinam)
Nosotros nosotras (c/ Capinam)
Nuvens sem guia (c/ Capinam)
O amanhã é distante (c/ Babal)
O charme das canções (c/ Capinam)
O menino e os carneiros (c/ Carlos Fernando)
O oitavo pecado (c/ Carlos Fernando)
O princípio do prazer
Olhar de amor (c/ G. Amaral)
Onde andará (c/ Pipo Spera)
Parceiro das delícias (c/ Capinam)
Pedras e moças (c/ Zé Ramalho)
Picadeiro do tempo (c/ Pipo Spera)
Plano romântico (c/ Capinam)
Prazeres (c/ Carlos Fernando)
Príncipe brilhante (c/ Carlos Fernando)
Qualquer pessoa (c/ Carlos Fernando)
Quando você vem (c/ Geraldo Amaral)
Quem é muito querido a mim (c/ Rogério Duarte)
Quem merece (c/ G. Amaral)
Rasgo da lua (c/ G. Amaral e Carlos Fernando)
S. O. S. natureza (c/ Carlos Fernando)
Sabor colorido (c/ Capinam)
Se eu tivesse asa (c/ Geraldo Amaral)
Semente de Adão (c/ Carlos Fernando)
Semente e fruto (c/ Geraldo Amaral)
Sétimo céu (c/ Fausto Nilo)
Sexo XX (c/ R. Rocha)
Só porque (c/ Pipo Spera)
Suíte correnteza barcarola de São Francisco (c/ Carlos Fernando)
Tá querendo (c/ Capinam)
Talismã (c/ Alceu Valença)
Talvez seja real (c/ Carlos Fernando)
Tambor do mundo (c/ Fausto Nilo)
Tanto querer (c/ Nando Cordel)
Taxi lunar (c/ Zé Ramalho e Alceu Valença)
Tempero do forró (c/ G. Amaral)
Terra à vista (c/ Carlos Fernando)
Tudo no ar (c/ Carlos Fernando)
Um outro um (c/ R. Rocha)
Veneza americana (c/ Carlos Fernando)
Vento de vozes (c/ E. Marques e Pipo Spera)
Vida cigana (c/ Xico Chaves)
Você se lembra (c/ Pipo Spera e Fausto Nilo)
Vou te buscar (c/ Geraldo Amaral)
Discografia
(2011) Salve São Francisco - Biscoito Fino - CD
(2011) Salve São Francisco - Biscoito Fino - DVD
(2010) Salve São Francisco • CD
(2009) Uma geral do Azevedo • DVD
(2007) O Brasil existe em mim • Sony & BMG • CD
(2001) O grande encontro III (participação) • BMG • DVD
(2000) Hoje amanhã • BMG - Brasil • CD
(2000) O grande encontro III (participação) • BMG • CD
(1998) Raízes e frutos • BMG • CD
(1997) O grande encontro II • BMG • CD
(1996) Futuramérica • LP
(1996) O grande encontro I • BMG • CD
(1994) Ao vivo comigo • LP
(1991) Berekekê • LP
(1989) Bossa tropical • RCA • LP
(1988) Eterno presente • RCA • LP
(1984) A luz do solo • PolyGram • LP
(1984) Cantoria I • Kuarup • CD
(1983) Tempo tempero • LP
(1982) For all para todos • Sigla • LP
(1981) Inclinações musicais • Ariola • LP
(1979) Bicho-de-sete-cabeças • Epic/CBS • LP
(1977) Geraldo Azevedo • SomLivre • LP
(1972) Alceu Valença e Geraldo Azevedo • Copacabana • LP
Inclinações musicais
A música de Geraldo Azevedo é uma tapeçaria de influências entrecruzadas.
Sendo um violonista de considerável talento, ele cria em suas canções uma mistura única entre as harmonias sofisticadas da Bossa Nova, cuja influência em seu trabalho nunca pode ser subestimada, e os ritmos vivos e pulsantes da música negra.
Geraldo Azevedo nasceu em Petrolina, uma cidade do estado de Pernambuco separada de Juazeiro da Bahia, cidade onde nasceu João Gilberto, apenas pelo rio São Francisco.
Em seu trabalho é possível encontrar, lado a lado, líricas canções de amor como "Dia Branco" e números caribenhos cheios de swing como "Veneza Americana".
Geraldo Azevedo também é conhecido pelos seus incandescentes frevos (a dança de rua típica do carnaval pernambucano), muitas vezes seus shows se encerram com frevos eletrizantes, como "Tempo Tempero", "Pega Fogo Coração", "Tempo Folião", etc...
Essencialmente um compositor, Geraldo elabora suas letras com a ajuda de alguns poetas/parceiros , cujos nomes aparecem em seus discos, seja desde o princípio da carreira (Carlos Fernando e Renato Rocha) ou em anos mais recentes (Capinan, Fausto Nilo, Pippo Spera e Geraldo Amaral).
Músico autodidata, aos 12 anos de idade já tocava violão.
Ao mudar-se para Recife onde foi estudar, Geraldo se juntou ao grupo folclórico intitulado Grupo Construção onde conheceu Teca Calazans, Naná Vasconcelos e também Marcelo Melo e Toinho Alves (componentes do Quinteto Violado) iniciando aí toda a sua trajetória musical.
Em 1967 seguiu para o Rio de Janeiro e depois de trabalhar com Eliana Pittman, juntou-se a Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo e Franklin formando o Quarteto Livre, grupo que acompanhou Geraldo Vandré em seus shows até que, devido a problemas políticos com o governo militar, o grupo se dissolveu.
Geraldo Azevedo participou com Alceu Valença do Festival Universitário da extinta TV Tupi com as músicas "78 Rotações" e "Planetário" e pela notável apresentação que fizeram foram contratados pela Gravadora Copacabana para gravarem o seu primeiro disco.
Geraldo e Alceu participaram também do Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro em 1972 e juntamente com Jackson do Pandeiro foram o grande destaque do Festival.
Nesse mesmo ano a Copacabana lançou o disco "Alceu Valença & Geraldo Azevedo" marcando a estréia de dois jovens cantores e compositores que se tornaram dois dos maiores nomes da Música Popular Brasileira.
Ao longo de sua carreira Geraldo Azevedo lançou até 1996 treze discos solo pelas gravadoras Som Livre, Polygram, Sony e BMG e pelo seu próprio selo GERAÇÃO. Participou de alguns importantes projetos coletivos de discos como "Asas da América", "Cantoria" e "O Grande Encontro", além de fazer parte de várias coletâneas.



Site: www.geraldoazevedo.com.br

GERALDO AZEVEDO
















Palavras-chave: Nordeste

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