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domingo, 21 de julho de 2013

EVENTO Para presidente da SBPC, burocracia trava desenvolvimento de pesquisas no País

Helena Nader disse, na abertura do evento, que falta vontade política para a liberação de recursos

Publicado em 21/07/2013, às 22h03

Do JC Online

A abertura da 65ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na noite deste domingo, no Teatro da UFPE, foi marcado pela discussão sobre financiamento para as pesquisas desenvolvidas no País. Até sexta-feira, mais de 20 mil pessoas deverão passar diariamente pela universidade, numa programação que atende as 110 sociedades científicas ligadas à SBPC. Na abertura, também foi prestada homenagem a quatro cientistas brasileiros falecidos neste ano.

Para a presidente da SBPC, Helena Nader, falta vontade política para a liberação de recursos, como compra de equipamentos e insumos para os estudos. Segundo ela, a lei federal 8.666, que institui normas para licitações e contratos da administração pública, é a responsável por “travar” o progresso da ciência. “É muita burocracia, precisa de leilão, pregão para tudo. Mas alguns equipamentos são muito específicos, com apenas um fabricante no mundo”, explicou.

Para Helena Nader, os empresários precisam se engajar mais no desenvolvimento da ciência dentro do Brasil. “É preciso convencê-los que precisam primeiro investir para depois alcançar os resultados, porque estão acostumados com o lucro imediato. Eles têm que visualizar que aquilo vai gerar, a longo prazo, um produto. Muitos empresários estão vendo isso, mas a legislação atrapalha e alguns estão buscando esse conhecimento fora do Brasil, isso é um absurdo”, completou.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, declarou que o relacionamento entre os empresários e os centros de pesquisa está mais próximo. “Os empresários já estão convencidos de que é importante investir em ciência. Ano passado, a CNI assinou um manifesto defendendo essa posição. O Brasil, para ter ganho e competitividade no mercado global, precisa desse aporte de tecnologia e inovação. Falta uma legislação que seja adequada a esse novo relacionamento”, disse.

“Essa reunião é uma oportunidade para fortalecer a ciência, pesquisa e formação de recursos humanos, principalmente para os jovens que ascendem à educação superior”, declarou o reitor da UFPE, Anísio Brasileiro.
Na formação da mesa, o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Marcelino Granja, que representava o governador Eduardo Campos, foi vaiado por parte da plateia. Professores da rede municipal do Recife protestaram contra as condições do setor. Faixas pediam o cumprimento de uma nova portaria do MEC, de abril deste ano, que aumenta em 8% o piso salarial dos professores e denunciava a repressão funcionários de creches teriam sofrido durante greve realizada há dois meses.

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